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Mulheres na Atualidade

A política não pode recuar nos direitos das mulheres: uma reflexão sobre igualdade e saúde psicológica

A política não pode recuar nos direitos das mulheres: uma reflexão sobre igualdade e saúde psicológica


Neste Dia Internacional da Mulher, refletimos sobre os avanços e desafios das mulheres na luta por igualdade, saúde e bem-estar.
08 de março de 2025
Neste Dia Internacional da Mulher, refletimos sobre os avanços e desafios das mulheres na luta por igualdade, saúde e bem-estar.
08 de março de 2025
A política não pode recuar nos direitos das mulheres: uma reflexão sobre igualdade e saúde psicológica

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, nos convida a refletir sobre os progressos e os desafios que as mulheres enfrentam diariamente. Em um contexto onde a saúde psicológica é essencial, é crucial entender como as condições sociais impactam diretamente o bem-estar feminino. Embora tenhamos avançado na luta pela igualdade de gênero, muitos obstáculos permanecem, exigindo nossa atenção constante.

Estudos demonstram que as mulheres têm o dobro da probabilidade de sofrer problemas de saúde mental em comparação aos homens. Fatores como desigualdade salarial, a vasta carga de responsabilidades entre trabalho e família, e a maior exposição a situações de violência agravam essa situação. Para compreender a saúde mental das mulheres, é fundamental analisar esses elementos sob a luz das adversidades sociais que elas enfrentam.

No cenário português, a disparidade salarial é alarmante; as mulheres, em média, ganham 20% menos que seus colegas homens. Além disso, a maior parte das tarefas domésticas e de cuidados familiares recai sobre elas, frequentemente à custa de seu próprio bem-estar. Mais de 20% das mulheres no país vivem em condições de pobreza, e uma a cada cinco já foi vítima de violência em suas formas mais diversas. Esses dados realçam que a saúde mental das mulheres não deve ser vista isoladamente, mas como um reflexo de uma estrutura social que ainda carece de equidade.



É verdade que temos visto avanços na luta pela igualdade de gênero em Portugal, como o aumento da participação feminina no mercado de trabalho e na política. Contudo, esses progressos estão ameaçados por discursos polarizadores que buscam deslegitimar essas conquistas. Movimentos que promovem a ideia de que a igualdade de gênero já foi alcançada ou que as mulheres hoje são favorecidas revelam um retrocesso na conscientização social acerca dos desafios que elas ainda enfrentam.

Ainda que atualmente não haja uma reversão explícita das políticas de igualdade de gênero em Portugal, a ascensão de um discurso anti-igualdade começa a ganhar força. É essencial que a sociedade permaneça alerta e responda a essas narrativas antes que elas se concretizem em retrocessos reais. A indiferença a esses movimentos representa uma ameaça aos direitos conquistados ao longo de décadas de luta.

Manter a igualdade de gênero na agenda política e social é imprescindível para evitar retrocessos. Isso inclui reforçar a educação sobre igualdade, combater a desinformação, e criar mecanismos de proteção aos direitos das mulheres. O Dia Internacional da Mulher deve ser um momento não apenas de celebração, mas de ação e determinação para preservar e promover os direitos já conquistados.



Encontrar maneiras eficazes de promover a saúde psicológica das mulheres dentro de um contexto de igualdade é crucial. Isso requer uma abordagem que não só trate dos sintomas, mas que também enfrente as causas sociais subjacentes, como a discriminação. Portanto, é vital que todos nós desempenhemos um papel ativo na luta por igualdade, diversidade e inclusão, não apenas na data de 8 de março, mas em todas as esferas da vida.

Assim, a responsabilidade recai sobre nós, indivíduos e sociedade, para garantir que a igualdade de gênero continue a ser uma prioridade. O combate à desigualdade, à discriminação e à promoção da saúde mental deve estar sempre na pauta. Somente juntos conseguiremos garantir que cada mulher tenha seus direitos respeitados e que sua saúde psicológica não seja mais comprometida por injustiças sociais.

O Dia Internacional da Mulher é um lembrete poderoso da luta contínua por justiça e equidade. Ao celebrarmos os avanços, também precisamos estar vigilantes e prontos para agir contra qualquer tentativa de retrocesso. Todos temos um papel fundamental nessa transformação, e juntos, podemos contribuir para um futuro mais igualitário para as mulheres.

Fonte:


https://www.publico.pt/2025/03/08/opiniao/opiniao/politica-nao-fazernos-recuar-decadas-direitos-mulheres-2125117
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