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Mulheres na Atualidade

Agosto Lilás se foi, mas os números ficaram: A Paródia da Inação e a Realidade Cruel da Violência Contra as Mulheres

Agosto Lilás se foi, mas os números ficaram: A Paródia da Inação e a Realidade Cruel da Violência Contra as Mulheres


Agosto Lilás, o mês que teoricamente deveria ser um marco de conscientização e luta contra a violência de gênero. Mas, na prática, parece mais um festival de promessas vazias e ações inexistentes, onde a celebração é a mais irônica das ironias. Se o governo atual, com toda sua retórica de combate à violência, tivesse feito metade do que prometeu, poderíamos realmente ter algo para comemorar. Contudo, a realidade nos apresenta um quadro desolador, onde a violência contra as mulheres no Brasil está longe de ser uma história de progresso.

06 setembro 2024

Agosto Lilás, o mês que teoricamente deveria ser um marco de conscientização e luta contra a violência de gênero. Mas, na prática, parece mais um festival de promessas vazias e ações inexistentes, onde a celebração é a mais irônica das ironias. Se o governo atual, com toda sua retórica de combate à violência, tivesse feito metade do que prometeu, poderíamos realmente ter algo para comemorar. Contudo, a realidade nos apresenta um quadro desolador, onde a violência contra as mulheres no Brasil está longe de ser uma história de progresso.

06 setembro 2024

A Inércia Governamental e o Grande Circo da Indignação

O governo atual, que entrou em cena prometendo ser o paladino da justiça e da igualdade, tem se mostrado mais um artista do grande circo da indignação. Com discursos inflamados e uma agenda que sempre parece pender para o lado da ideologia, suas ações concretas são, no mínimo, questionáveis. A promessa de proteger e promover os direitos das mulheres parece ter se perdido na vasta coleção de falácias políticas e promessas não cumpridas.

O 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, com sua frieza estatística, revela um aumento alarmante em todos os tipos de violência contra as mulheres em 2023. Se a intenção era impressionar, certamente conseguiu, mas não da forma desejada. O número de ameaças, violência doméstica, agressões físicas e psicológicas disparou, revelando uma triste realidade: a retórica oficial não se traduz em resultados efetivos.

Aumentos Abissais e a Vez dos Números: A Realidade Cruel

Vamos falar sobre os números, esses amigos nada imaginários que não mentem. As ameaças, que costumavam ser uma sombra sobre a cabeça das mulheres brasileiras, agora são uma praga em crescimento. Com 778.921 casos em 2023, um aumento de 16,5% em relação ao ano anterior, é evidente que a situação está longe de ser controlada. E a violência psicológica, um fenômeno que muitas vezes passa despercebido, também viu um crescimento chocante de 33,8%.

Mas não parem por aí. O crime de stalking, também subiu, com um aumento de 34,5%. E se você acha que a violência sexual estava de férias, pense novamente. O estupro, incluindo os casos mais horrendos de vulnerabilidade, cresceu 5,3%. Estes não são números isolados, mas uma constelação de dados que confirma a falência de políticas efetivas.

O Grande Teatro da Ministra: A Comédia das Promessas

Enquanto isso, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, parece estar em uma peça de teatro de absurdos, protagonizando um espetáculo onde a ação não coincide com o roteiro. Com promessas grandiosas de programas como a Casa da Mulher Brasileira e o Ligue 180, a realidade é que as palavras permanecem vazias, enquanto os números continuam a crescer. A retórica sobre o Brasil sem Misoginia e o Feminicídio Zero é uma piada amarga para aqueles que vivem a dura realidade da violência cotidiana.

O governo, com sua visão de prevenção e enfrentamento, parece estar mais interessado em discursos do que em soluções reais. As políticas de prevenção e enfrentamento se tornam promessas vazias quando não acompanhadas de ações concretas e eficazes.

A Paradoxal Realidade do Feminicídio: A Parada das Estatísticas

A situação é ainda mais preocupante quando observamos os números de feminicídio, que cresceram 0,8% em relação ao ano anterior. É uma ironia cruel que, apesar da existência da Lei nº 13.104/2015, que tipifica o feminicídio, os registros estejam mais altos do que nunca. A realidade é que o aumento dos feminicídios reflete não apenas a violência crescente, mas também a falha do sistema em proteger adequadamente as mulheres.

A Visão de Futuro

Para aqueles que acreditam que a situação pode ser resolvida com um simples estalo de dedos, é preciso uma dose de realismo. A luta contra a violência de gênero é uma batalha que exige mais do que discursos e promessas. Exige ações reais, mudanças estruturais e uma abordagem eficaz e contínua. Em vez de se perder na ironia de Agosto Lilás, é necessário um compromisso genuíno e prático para enfrentar e erradicar a violência contra as mulheres no Brasil.

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