Humor
Você Conhece Stanislaw Ponte Preta? Descubra a Vida e Legado
Você Conhece Stanislaw Ponte Preta? Descubra a Vida e Legado
Conheça a vida fascinante de Stanislaw Ponte Preta, um ícone do humor brasileiro que desafiou normas sociais e políticas com suas crônicas satíricas.
Conheça a vida fascinante de Stanislaw Ponte Preta, um ícone do humor brasileiro que desafiou normas sociais e políticas com suas crônicas satíricas.

Uma Vida em Palavras e Risos
Em 30 de setembro de 1968, o Brasil perdeu um de seus ícones da literatura e do humor, Sérgio Marcus Rangel, mais conhecido como Stanislaw Ponte Preta. Nascido em 11 de janeiro de 1923, no famoso bairro de Copacabana, seu legado permanece vivo nas páginas do jornalismo e na memória cultural do país.
O Começo de uma Carreira Brilhante
A trajetória de Sérgio Porto começou no final da década de 1940, enquanto ele trabalhava no Banco do Brasil. Por 15 anos, escreveu para diversas publicações, incluindo as revistas Sombra e Manchete, e os jornais Última Hora, Tribuna da Imprensa e Diário Carioca. Sua capacidade de traduzir a realidade brasileira em palavras cativantes começou a chamar atenção.
Pseudônimo e Satira
Foi em 1951 que Sérgio Porto adotou o nome Stanislaw Ponte Preta, influenciado pelo personagem Serafim Ponte Grande de Oswald de Andrade. Sob este pseudônimo, ele tornou-se um dos cronistas mais lidos do Brasil, usando a sátira para criticar a sociedade. Suas crônicas, publicadas em veículos como o Diário Carioca e Última Hora, eram ácidas, mas acessíveis.
Um Contribuidor Cultural
Stanislaw era um grande amante da Música Popular Brasileira e do jazz, e suas contribuições à cultura não paravam apenas nas palavras. Ele escreveu a famosa canção Samba do Crioulo Doido para o teatro rebolado e criou o concurso de beleza As Certinhas do Lalau, uma paródia divertida e crítica aos tradicionais concursos de beleza.
Obras Marcantes
Entre suas obras destacam-se Tia Zulmira e Eu (1961), Primo Altamirando e Elas (1962), e a célebre série Febeapá (Festival de Besteiras que Assola o País), que abordou com humor as mazelas da sociedade brasileira de 1966 a 1968. Por meio de suas crônicas, seriedade e humor juntos chamavam a atenção sobre problemas sociais e a defesa da democracia.
Ativista do Humor
Em tempos de repressão, Stanislaw Ponte Preta usou o humor como uma ferramenta de resistência. Suas críticas ao regime militar da época mostravam a hipocrisia e corrupção presentes na sociedade, tornando suas obras um bálsamo de leveza em tempos pesados.
Um Legado Lembrado
Seu falecimento aos 45 anos, decorrente de um ataque cardíaco, não apagou sua memória. Em 1969, amigos e colegas fundaram o semanário O Pasquim, um símbolo de resistência e criatividade na imprensa alternativa brasileira, perpetuando o espírito de Stanislaw.
Últimas Palavras de Humor
As inesquecíveis palavras de Sérgio, antes de falecer, foram: “Tunica, estou apagando. Vira o rosto prá lá que não quero ver mulher chorando perto de mim.” Essa frase perfeita encapsula a essência de um homem que usou o humor para viver, atuar e resistir.
Fonte:
Revista Oeste - https://revistaoeste.com/historia/30-de-setembro-na-historia-morre-stanislaw-ponte-preta/ Wikipedia - https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9rgio_Porto Ebiografia - https://www.ebiografia.com/stanislaw_ponte_preta/ Memórias da Ditadura - https://memoriasdaditadura.org.br/cultura/stanislaw-ponte-preta-sergio-porto/ Infoescola - https://www.infoescola.com/biografias/stanislaw-ponte-preta/