Amor é uma temática que permeia nossas vidas e relações, mas sua complexidade desafia até mesmo os mais experientes. Na crônica 'A missa de sétimo dia do amor', a autora Carmen Garcia nos convida a refletir sobre as diversas facetas desse sentimento. O texto inicia com uma abordagem sobre a dificuldade de traduzir em palavras um sentimento tão profundo e multifacetado. Garcia compartilha suas inquietações e limitações, revelando que o amor é, de fato, uma jornada interna cheia de dúvidas e descobertas.

A autora menciona que embora o Dia dos Namorados tenha passado, o amor permanece como um tema relevante em nossas vidas. Essa data comercial, apesar de toda a sua pompa, é apenas um lembrete de que o amor deve ser celebrado constantemente, em todas as suas nuances. A reflexão proposta por Garcia nos leva a entender que o amor não é uma simples emoção que pode ser facilmente compreendida; ele é escorregadio, complexo e cheio de particularidades que nos desafiam diariamente.

Carmen Garcia faz uma analogia entre o amor e um ato quase religioso, sugerindo que devemos reverenciar nossas relações e os sentimentos que elas geram. Essa conotação traz à tona a ideia de que o amor tem suas dores e incertezas, mas, ao mesmo tempo, é uma experiência de extrema beleza e significância. Ao abordar a vulnerabilidade que vem com o amar, a autora propõe uma nova visão sobre como vivenciamos as nossas histórias de amor e os laços que nos unem aos outros.

Continuando a reflexão, Garcia destaca que o amor não é apenas um sentimento, mas uma construção diária que exige atenção e dedicação. As relações amorosas, assim como qualquer parceria significativa, precisam ser cultivadas. Ela fala sobre as frustrações que podem surgir quando tentamos compreender ou expressar nossas emoções, algo que pode se tornar uma barreira ao invés de uma ponte entre as pessoas. Essa luta interna é algo muito comum entre aqueles que buscam o significado do amor em suas vidas.

Além disso, a crônica faz uma crítica construtiva sobre como a sociedade muitas vezes romantiza o amor, apresentando uma visão distorcida que pode levar a desilusões. Garcia nos convida a olhar para o amor com um olhar mais realista, que reconhece não apenas a sua beleza, mas também as suas dificuldades. Isso resulta em uma compreensão mais profunda que pode enriquecer nossas experiências amorosas e nos preparar melhor para lidar com as adversidades que podem surgir ao longo do caminho.

O papel do amor em nosso cotidiano é destacado como essencial à nossa experiência humana. Na correria do dia a dia, muitas vezes esquecemos de valorizar esses momentos de vínculo e conexão. A autora sugere que, mesmo que pareça desafiador, sempre há espaço para a celebração do amor, seja em gestos simples ou grandes declarações. Isso não só aprofunda os relacionamentos, mas também nos ensina a ser mais gratos pelas pessoas que amamos e pelas experiências que compartilhamos com elas.

Por fim, o texto nos lembra que, apesar das incertezas que o amor pode trazer, ele continua a ser uma força vital em nossas vidas. A crônica 'A missa de sétimo dia do amor' é um convite a todos nós para que exploremos esses mistérios do afeto humano. Carmen Garcia deixa uma mensagem clara: o amor é um mistério que vale a pena ser discutido e explorado, pois é um dos pilares da existência humana.

Assim, mesmo enquanto lutamos para entender o amor e todas as suas ramificações, encontramos beleza na jornada. A reivindicação de Garcia para que o amor nunca saia de pauta é um esforço para manter essa conversa viva e presente em nossas vidas. Afinal, amar e ser amado é, sem dúvida, uma das experiências mais transformadoras que podemos vivenciar.

A reflexão proposta por Carmen Garcia é, portanto, um chamado à ação e à contemplação, lembrando-nos de que o amor é uma parte crucial das nossas vidas. É uma experiência que merece ser reverenciada, independente das dores ou alegrias que possa trazer. Ao final, o amor é uma questão que sempre terá relevância, e devemos nos permitir explorar suas inúmeras possibilidades.

Fonte:

https://www.publico.pt/2025/02/23/impar/cronica/missa-setimo-dia-amor-2123357.