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Comportamento social

O Que São os Wokes? Por Que Agora as Empresas Estão Fugindo da Agenda Woke?

O Que São os Wokes? Por Que Agora as Empresas Estão Fugindo da Agenda Woke?


O termo "woke", inicialmente ligado à justiça social, foi transformado em um movimento que impõe vigilância sobre questões como microagressões e desigualdade. Muitas empresas adotaram essa agenda, mas o custo de aderir às suas exigências, como o risco de "cancelamento" e perda de clientes, levou várias delas a recuar.

09 setembro 2024

O termo "woke", inicialmente ligado à justiça social, foi transformado em um movimento que impõe vigilância sobre questões como microagressões e desigualdade. Muitas empresas adotaram essa agenda, mas o custo de aderir às suas exigências, como o risco de "cancelamento" e perda de clientes, levou várias delas a recuar.

09 setembro 2024

O Que São os Wokes?

O termo "woke" tem origens profundas no ativismo afro-americano, surgido como um sinal de consciência e vigilância contra a injustiça racial. No entanto, como tudo que começa como uma revolução bem-intencionada, foi cooptado e transformado em algo completamente diferente. Hoje, ser “woke” é quase um estado de espírito de virtude moral elevada, uma forma de estar continuamente alerta para quaisquer sinais de injustiça social, desde racismo até desigualdades de gênero. A palavra, antes carregada de um sentido de ativismo legítimo, tornou-se um rótulo pejorativo utilizado para criticar e ridicularizar essas novas formas de vigilância social.

A revolução woke, com sua insistência em corrigir todas as possíveis microagressões e suas imposições morais quase maniqueístas, ressoou por todos os cantos da sociedade moderna. Se antes, a luta era contra a desigualdade, agora a batalha se trava em torno da linguagem, dos sentimentos e das ideias consideradas aceitáveis. Ah, que maravilha! Nada como uma nova forma de moralismo para enfeitar o nosso mundo já tão complexo.

A Agenda Woke: A Nova Inquisição?

As empresas, sempre tão espertas, têm uma relação complexa com a agenda woke. No início, aderiram entusiasticamente, acreditando que apoiar causas progressistas e adotar posturas “wokes” era a chave para conquistar a lealdade dos consumidores e a aprovação do público. Era como um passe VIP para o clube da virtude social. No entanto, a realidade não tardou a mostrar que a agenda woke tem um custo que muitos não estavam dispostos a pagar.

A agenda woke exige mais do que simples apoio: ela demanda um compromisso total e irrestrito com uma visão particular de justiça social. Isso não é apenas uma questão de adotar certos slogans ou políticas superficiais, mas de enraizar profundamente essas ideias em todas as práticas da empresa. E aqui é onde as coisas começam a ficar complicadas.

As empresas começaram a perceber que, ao se engajar com a agenda woke, estavam não apenas alienando uma parte significativa de seus consumidores, mas também criando um ambiente onde qualquer erro, por menor que fosse, poderia resultar em uma onda de críticas, cancelamentos e boicotes.

O “cancelamento”, um termo popularizado pelos wokes, refere-se a essa prática de retirar o apoio a indivíduos ou instituições que não aderem aos princípios exigidos. As empresas, temendo o linchamento digital, começaram a recuar, fugindo da agenda woke como se ela fosse uma praga.

A Fuga das Empresas: A Realidade por Trás da Máscara

A saída das empresas da agenda woke não é um simples capricho. É uma resposta estratégica a um cenário em que o custo de aderir a essa ideologia começou a superar os benefícios. A correção política e a pressão para estar constantemente alinhado com os padrões morais da agenda woke têm mostrado ser uma faca de dois gumes. As empresas se viram em um campo de batalha de moralidades, onde qualquer desvio das normas pode resultar em um ataque implacável.

Além disso, o aspecto mais importante para esse recuo é o fato de que as empresas que aderiram abertamente à agenda woke começaram a sofrer enormes prejuízos. O público não progressista, percebendo essa postura, passou a consumir nos concorrentes que não estavam aplicando a agenda woke.

Hoje, esse público é o maior gerador de receitas, considerando que grande parte do público woke ainda depende de sustento financeiro de terceiros. Esse impacto econômico forçou muitas empresas a reavaliarem sua adesão a essas ideologias para garantir sua sobrevivência e competitividade no mercado.

As consequências para aqueles que falham em seguir os ditames wokes podem ser devastadoras. Desde campanhas de boicote até a perda de patrocínios, o preço para manter uma postura alinhada com a agenda woke tem mostrado ser alto e muitas vezes insustentável.

Em contraste, as empresas que tomaram uma posição mais neutra ou conservadora conseguiram evitar a onda de críticas e, muitas vezes, manter uma base de clientes mais ampla.

Além disso, a natureza polarizadora da agenda woke tornou difícil para muitas empresas encontrar um equilíbrio. A necessidade de agradar um grupo progressista enquanto evita ofender outros se revelou um desafio quase impossível.

O resultado? Muitas corporações decidiram que era mais prudente dar um passo atrás e focar em suas operações sem o constante fardo de ter que navegar nas águas turbulentas do ativismo woke.

Entre a Virtude e o Realismo

Então, o que aprendemos com toda essa saga?

A agenda woke, com sua promessa de uma sociedade mais justa e equitativa, trouxe consigo uma série de desafios e complexidades que muitos não anteciparam. As empresas, em sua ânsia de abraçar o ativismo e parecer virtuosas, descobriram que, na prática, a adesão incondicional aos princípios wokes não era apenas arriscada, mas frequentemente insustentável.

A lição aqui é clara: o virtuosismo de superfície não substitui a necessidade de pragmatismo e bom senso. Em um mundo onde a moralidade pode ser uma moeda volátil, talvez seja mais sensato se ater a princípios sólidos e duradouros em vez de se submeter às flutuações das tendências ideológicas.

Assim, enquanto o movimento woke pode continuar a redefinir os contornos do ativismo moderno, as empresas e os consumidores farão bem em lembrar que, em última análise, é a consistência e a integridade que prevalecem, não as modas passageiras.

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