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Comportamento social

Estudantes da FEUP acusados de upskirting e compartilhamento de fotos íntimas sem consentimento

Estudantes da FEUP acusados de upskirting e compartilhamento de fotos íntimas sem consentimento


A Faculdade de Engenharia do Porto enfrenta grave acusação de assédio, com estudantes envolvidos em atos de fotografar colegas sem consentimento. Revelações de Inês Marinho, do movimento 'Não Partilhes', mostram a urgência das discussões sobre privacidade e respeito no ambiente acadêmico.
04 abril 2025
A Faculdade de Engenharia do Porto enfrenta grave acusação de assédio, com estudantes envolvidos em atos de fotografar colegas sem consentimento. Revelações de Inês Marinho, do movimento 'Não Partilhes', mostram a urgência das discussões sobre privacidade e respeito no ambiente acadêmico.
04 abril 2025
Estudantes da FEUP acusados de upskirting e compartilhamento de fotos íntimas sem consentimento

Recentemente, a Faculdade de Engenharia do Porto (FEUP) foi palco de um grave incidente que levanta questões sobre o respeito e a privacidade entre estudantes. Membros da associação de estudantes foram acusados de fotografar colegas de forma indevida, especificamente 'por baixo das saias', durante um evento. A revelação se deu pela ativista Inês Marinho, fundadora do movimento 'Não Partilhes'. Segundo relatos, diversas alunas tiveram suas imagens íntimas expostas sem consentimento, o que acendeu um debate urgente sobre a cultura de assédio nas universidades.

No grupo de WhatsApp associado ao caso, estão cerca de oito membros, incluindo o presidente da associação de estudantes da FEUP, onde imagens íntimas de alunas foram compartilhadas. Essa não é a primeira vez que denúncias desse tipo emergem na instituição, já que práticas semelhantes foram reportadas em gestões anteriores. Isso levanta a questão da seriedade com que a FEUP e as associações de estudantes estão lidando com a cultura de respeito entre os alunos.

Em resposta às acusações, a associação de estudantes divulgou um e-mail à comunidade acadêmica condenando 'veementemente os acontecimentos recentes', sem entrar em detalhes sobre o que ocorreu. Contudo, no dia seguinte, a entidade confirmou o afastamento dos membros implicados de suas funções executivas, sinalizando uma tentativa de agir rapidamente em um problema de tamanha gravidade.



Após a divulgação do incidente, uma assembleia geral extraordinária foi convocada para o dia 9 de abril. Essa reunião tem como objetivo discutir os eventos em questão e fornecer esclarecimentos à comunidade estudantil. Enquanto isso, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto se manifestou, ressaltando que está tomando as devidas providências legais e institucionais. A comunicação clara e eficaz é fundamental em momentos como esse, onde o truste e a segurança dos alunos estão em foco.

A Federação Académica do Porto (FAP) também se pronunciou, informando que não recebeu queixas formais sobre o caso, mas recomendou a criação de um mecanismo nacional para que vítimas de assédio possam efetuar denúncias de maneira segura e confidencial. Essa proposta é vital para assegurar que alunos se sintam protegidos e amparados ao reportar situações de assédio, que são mais comuns do que se imagina.

O presidente da associação de estudantes, por sua vez, pediu desculpas às alunas afetadas e reconheceu que subestimou a gravidade da situação. Isso evidencia um reconhecimento necessário, mas também revela como a cultura do perdão em vez de ação preventiva pode ter perpetuado comportamentos inaceitáveis. O ato de fotografar mulheres sem consentimento, denominado 'upskirting', é considerado crime em vários países, incluindo a Inglaterra, destacando a necessidade de um maior rigor em relação a esses comportamentos.



A discussão sobre consentimento e respeito à privacidade na academia agora está mais acentuada, e é crucial que instituições de ensino adotem políticas rígidas para enfrentar situações de assédio e discriminação. O quadro suscita debates sobre a proteção das vítimas e a educação das novas gerações sobre a importância de se respeitar os limites do outro. Os alunos precisam de um ambiente saudável e seguro para seu desenvolvimento acadêmico e pessoal.

Iniciativas como o movimento 'Não Partilhes' são essenciais para promover uma cultura de respeito e apoio entre os jovens. O reconhecimento e a luta contra práticas como o assédio devem ser constantemente abordados em diferentes esferas, visando criar uma mudança cultural duradoura. As universidades têm um papel crucial nesta transformação e devem implementar medidas efetivas para garantir a segurança e dignidade de todos os alunos.

À medida que a situação avança, a comunidade acadêmica da FEUP deve se unir para erradicar comportamentos prejudiciais e garantir que incidentes como esse não se repitam. A mobilização em torno do respeito ao consentimento é uma prioridade, e todos têm um papel a desempenhar nessa mudança.

Fonte:


https://www.publico.pt/2025/04/04/p3/noticia/estudantes-feup-terao-partilhado-fotografias-colegas-consentimento-2128512
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