Impostos
Receita Federal encerra Programa Perse e retoma tributação em abril, impactando setor de eventos
Receita Federal encerra Programa Perse e retoma tributação em abril, impactando setor de eventos

A Receita Federal anunciou a suspensão do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) a partir de abril de 2025. Este programa oferecia isenção fiscal essencial para o setor, que foi severamente afetado pela pandemia de Covid-19. Com a decisão de encerrar a concessão de novos benefícios, preocupa-se como isso afetará a sustentabilidade de organizadores e profissionais. A necessidade de um suporte contínuo se torna cada vez mais evidente.
Os promotores de eventos, casas de shows e organizadores de festas enfrentam um cenário desafiador. Após um longo período de restrições e dificuldades financeiras, o retorno da tributação coloca em risco a recuperação de muitos negócios. A pressão financeira será um fator decisivo para a manutenção da atividade econômica no setor, que já estava em um processo de adaptação às novas realidades pós-pandemia.
A decisão de cortar esses benefícios fiscais, que totalizaram R$ 15 bilhões, originou-se após a presidenta da Receita, Maria Rita Serrano, avaliar o impacto do programa. A suspensão do Perse poderá ameaçar a recuperação do setor até mesmo em eventos que têm se mostrado viáveis com a volta do público. Empresas que dependem da realização de eventos precisarão se reinventar mais uma vez para sobreviver neste novo cenário.
A incerteza quanto ao futuro do setor de eventos brasileiro se intensifica com a decisão recente da Receita Federal. Muitos empreendedores acreditavam que o programa Perse continuaria a oferecer suporte durante a fase de recuperação após a pandemia. A ruptura desse suporte não apenas afeta a viabilidade econômica das empresas, mas também impacta a confiança de um público que, aos poucos, retorna aos eventos.
Eventos de grande porte, como shows e festivais, exigem investimentos significativos. Sem a isenção fiscal, o custo operacional aumenta, o que pode levar a uma subida no preço dos ingressos e à diminuição da oferta de eventos. Essa dinâmica afetará diretamente a procura, criando um ciclo vicioso que poderá culminar na redução de oportunidades para artistas e equipes de produção.
Para mitigar os efeitos da suspensão do Perse, algumas instituições podem buscar alternativas junto ao governo local ou a parceria com investidores. Entretanto, essas soluções podem não ser viáveis para todos, especialmente pequenos empreendedores que não têm acesso fácil a recursos financeiros. A inovação e a adaptação se fazem necessárias para garantir a sobrevivência no mercado diante dos novos desafios impostos pela tributação.
O futuro do setor de eventos requer atenção e estratégias robustas. Em meio a um cenário econômico desafiador, os organizadores precisam encontrar formas de atrair a audiência e manter os custos sob controle. O diálogo com os governos e a busca por parcerias se mostram fundamentais para criar um ambiente propício ao desenvolvimento de novos eventos.
Além disso, a capacitação e o aprimoramento das habilidades dos profissionais do setor devem ser priorizados. Investir em formação e inovação poderá ser uma forma eficaz de navegar a alta concorrência e lidar com a nova realidade de tributação. Estar à frente das tendências do mercado é essencial para garantir a resiliência e o sucesso.
Embora a suspensão do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos seja um desafio, ela também pode servir como um catalisador para mudanças necessárias no setor. Com uma abordagem criativa e colaborativa, é possível superar os obstáculos e seguir em frente na reconstrução de um dos setores mais afetados pela crise sanitária. A coragem e a tenacidade dos profissionais do setor serão fundamentais para essa reimaginação.