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A Nicarágua de Ortega aprova reformas que ameaçam a liberdade de imprensa

A Nicarágua de Ortega aprova reformas que ameaçam a liberdade de imprensa


O Parlamento da Nicarágua aprovou reformas constitucionais em 2025 que ampliam o controle do regime de Ortega sobre a imprensa, gerando preocupações a respeito da liberdade de expressão.
18 janeiro 2025
O Parlamento da Nicarágua aprovou reformas constitucionais em 2025 que ampliam o controle do regime de Ortega sobre a imprensa, gerando preocupações a respeito da liberdade de expressão.
18 janeiro 2025
A Nicarágua de Ortega aprova reformas que ameaçam a liberdade de imprensa

Aprovação das Reformas na Nicarágua

No dia 16 de janeiro de 2025, o Parlamento da Nicarágua aprovou uma série de reformas constitucionais que ampliam substancialmente o controle do regime de Daniel Ortega sobre a imprensa. Essas reformas têm gerado enormes preocupações, especialmente entre defensores da liberdade de expressão, uma vez que permitem ao governo um monitoramento mais rigoroso dos veículos de comunicação do país. A legislação estabelece critérios vagos e subjetivos para a classificação de 'notícias falsas', o que abre espaço para interpretações perigosas e a potencial repressão ao jornalismo.

As novas medidas não só visam cercear a liberdade da imprensa, mas também trazem à tona a revogação de garantias fundamentais, como a proibição da tortura e o direito ao habeas corpus. Outra mudança significativa é a extensão do mandato presidencial de cinco para seis anos, além da introdução da figura do 'copresidente', o que pode resultar em uma maior centralização do poder nas mãos do presidente e sua administração.

Com penas que podem chegar a 15 anos de prisão para crimes contra 'a segurança do Estado', a disseminação de informações consideradas distorcidas coloca em risco não apenas jornalistas, mas também cidadãos comuns que se atrevem a criticar o governo. Assim, essas reformas se traduzem em um ataque frontal à liberdade de expressão.



Impacto das Reformas na Liberdade de Expressão

Críticos das recentes alterações na Constituição afirmam que essas medidas têm como principal objetivo silenciar a oposição política. As entidades internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA), já expressaram sua condenação em relação a essas reformas, referindo-se a elas como um retrocesso significativo na luta pela democracia e pelos direitos humanos na Nicarágua.

A imposição de requisitos para a disseminação de informações 'verdadeiras' soa como uma tentativa velada de censurar qualquer tipo de reportagem contrária ao governo, colocando não só a liberdade de imprensa em risco, mas também a capacidade da população de acessar informações confiáveis. Essa situação é alarmante, especialmente em um contexto em que o controle da informação se torna cada vez mais uma ferramenta de dominação.

Além disso, o fato de que jornalistas que operam fora do país possam ser alvos de censura e vigilância indica uma ampliação do escopo de controle. As reformas trabalham contra a transparência e a liberdade de expressão, valores fundamentais em sociedades democráticas, provocando preocupação e oposição tanto dentro quanto fora da Nicarágua.



Considerações Finais sobre a Situação na Nicarágua

A luta pela liberdade de expressão e pelo direito à informação na Nicarágua está em um momento crítico. As reformas constitucionais estabelecidas pelo governo de Daniel Ortega representam não apenas um ataque direto à imprensa, mas também um sério retrocesso nas liberdades civis. O impacto dessas medidas pode ser sentido em várias esferas da sociedade, abrangendo desde jornalistas até cidadãos comuns que buscam se informar sobre a realidade do seu país.

Enquanto as vozes de oposição se tornam cada vez mais silenciadas, é essencial que a comunidade internacional mantenha a atenção sobre a situação na Nicarágua. O apoio a iniciativas de defesa da liberdade de imprensa e dos direitos humanos é fundamental para criar uma pressão externa que possa mitigar os danos causados por essas reformas.

A resistência e a luta por direitos fundamentais na Nicarágua não podem ser ignoradas. A vigilância constante e a necessidade de garantir um espaço seguro para a expressão de opiniões e informações verdadeiras são vitais para a construção de um futuro mais democrático e justo para todos os nicaraguenses.

Fonte:


https://revistaoeste.com/mundo/nicaragua-regime-aprova-controle-maior-imprensa-ortega/
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