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Saúde Pública

Portugal enfrenta crise no descarte de canetas injectáveis para diabetes e obesidade

Portugal enfrenta crise no descarte de canetas injectáveis para diabetes e obesidade


A venda crescente de canetas injectáveis em Portugal destaca a falta de um sistema de descarte seguro, gerando preocupações ambientais e à saúde pública.
06 abril 2025
A venda crescente de canetas injectáveis em Portugal destaca a falta de um sistema de descarte seguro, gerando preocupações ambientais e à saúde pública.
06 abril 2025
Portugal enfrenta crise no descarte de canetas injectáveis para diabetes e obesidade

A crescente utilização de canetas injectáveis tem se tornado um tema crucial em Portugal. Essas canetas, utilizadas tanto por diabéticos quanto por pessoas que buscam perder peso, complicam a gestão de resíduos devido à falta de um sistema de descarte adequado. Embora seja uma necessidade crescente, a ausência de legislação específica para o descarte de agulhas fora do ambiente hospitalar representa um grande desafio.

A Valormed, a entidade responsável pela gestão de certos tipos de resíduos em Portugal, esclarece que os seus contentores não são adequados para o descarte de agulhas. Isso significa que muitos pacientes, ao terminarem de usar suas canetas injectáveis, ficam sem saber onde descartar esse material, que não pode ser jogado no lixo comum. O descarte inadequado de agulhas representa sérios riscos à saúde pública e ao meio ambiente, evidenciando a necessidade urgente por políticas eficazes de descarte.

Até o momento, as discussões sobre um plano de gestão para esse tipo de resíduo ainda estão em andamento. O novo regime de responsabilidade ampliada, que incluirá itens como agulhas e seringas, está previsto para ser implementado até dezembro de 2025. No entanto, até lá, pacientes e profissionais de saúde se veem às voltas com a falta de informações sobre os pontos de descarte adequados, gerando um cenário preocupante.



Com a adesão crescente de canetas injectáveis, a questão do descarte correto se torna ainda mais premente. A maioria dos usuários não tem ciência de como descartar esses materiais e ignora os riscos envolvidos no descarte inadequado. Além disso, muitos medicamentos injetáveis vêm com agulhas que não podem ser separadas, tornando o descarte ainda mais complicado. Isso agrava a situação, pois muitos pacientes dependem desses medicamentos e não têm acesso a um sistema de descarte seguro.

Iniciativas locais, como a da AFP, tentam mitigar os riscos oferecendo contentores para o descarte de agulhas. Contudo, a abrangência dessas iniciativas é limitada e não atende a demanda crescente. Sem soluções viáveis em escala nacional, o problema persiste e a pressão sobre o governo aumenta para que sejam adotadas medidas efetivas e abrangentes no manejo de resíduos com agulhas.

É crucial que os formuladores de políticas em Portugal reconheçam a gravidade da situação e priorizem a implementação de um sistema efetivo para o descarte de canetas injectáveis e outros materiais perfurocortantes. A gestão de resíduos deve ser uma preocupação central, pois impacta diretamente a saúde pública e a preservação ambiental.



Com a urgência da situação, é indispensável que uma campanha de conscientização seja lançada, informando os pacientes sobre as melhores práticas para o descarte de suas canetas e agulhas. A falta de informação não pode ser um obstáculo à saúde pública, e a sociedade deve estar consciente dos cuidados necessários ao lidar com materiais perigosos. Somente com um esforço colaborativo entre governo, profissionais de saúde e cidadãos será possível criar um sistema eficaz que assegure que o descarte de resíduos com agulhas não comprometa a nossa saúde e o meio ambiente.

Em resumo, o avanço na venda de canetas injectáveis em Portugal trouxe à tona um dilema significativo: a necessidade urgente de um sistema de descarte adequado. A falta de regulamentação e a escassez de informações destacam a urgência de ações concretas. O governo deve agir rapidamente para regulamentar e implementar soluções que não apenas atendam a demanda dos usuários, mas que também protejam a saúde da coletividade e do meio ambiente.

Fonte:


https://www.publico.pt/2025/04/06/azul/noticia/onde-descartar-canetas-injectaveis-diabetes-obesidade-portugal-nao-resposta-2128502
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