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Saúde Pública

Novo Teste da USP Identifica Infecção Prévia de Dengue e Zika com Alta Precisão

Novo Teste da USP Identifica Infecção Prévia de Dengue e Zika com Alta Precisão


Pesquisadores da USP e UFOB criam teste inovador para identificar infecções prévias de dengue e zika, visando melhorar diagnósticos.
01 de fevereiro de 2025
Pesquisadores da USP e UFOB criam teste inovador para identificar infecções prévias de dengue e zika, visando melhorar diagnósticos.
01 de fevereiro de 2025
Novo Teste da USP Identifica Infecção Prévia de Dengue e Zika com Alta Precisão

A pesquisa desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP), em colaboração com a Universidade Federal do Oeste da Bahia, representa um avanço significativo na identificação de infecções prévias por dengue e vírus zika.

O estudo, liderado pelo professor Jaime Henrique Amorim, foi publicado no respeitável 'Journal of Medical Virology' e visa aprimorar o diagnóstico da dengue, uma tarefa desafiadora devido às semelhanças entre os antígenos dos vírus. Com isso, o novo teste oferece uma solução promissora para alcançar diagnósticos mais precisos.

Os pesquisadores utilizam fragmentos das proteínas dos vírus para diferenciar as reações e minimizar as complicações enfrentadas por médicos ao realizar diagnósticos. Esse desenvolvimento se mostra relevante, especialmente em um momento em que o Brasil vive uma onda de infecções por dengue, exacerbada pelo ressurgimento do sorotipo três.

A metodologia empregada na pesquisa foi rigorosa. Na fase inicial, o teste foi validado em amostras de sangue de camundongos infectados experimentalmente com os vírus. No seguimento, quase 650 amostras coletadas em São Paulo, durante a epidemia de zika entre 2015 e 2017, foram analisadas. Os resultados mostraram uma sensibilidade de 87,8% e uma especificidade de 91,4%, indicadores promissores para a eficácia do teste.




Novo Teste da USP Identifica Infecção Prévia de Dengue e Zika com Alta Precisão

Além disso, foram coletadas 318 amostras de soro de indivíduos saudáveis na cidade de Barreiras, na Bahia. Os resultados foram significativos, com 65% das amostras reagindo a pelo menos um antígeno da dengue. Curiosamente, apenas três amostras mostraram reatividade ao zika, sugerindo que o vírus não tem circulado na região há anos, o que é um ponto crítico para as autoridades de saúde.

Mais alarmante é a situação atual da dengue no Brasil. O aumento expressivo de casos em 2024, com um crescimento de 255% em relação ao ano anterior, tem gerado preocupações entre especialistas e autoridades de saúde pública. Nesse contexto, as estatísticas são preocupantes: 6 mil mortes por dengue foram registradas no ano anterior, e em janeiro de 2025, já houve 21 registros de óbitos relacionados ao vírus, a maioria em São Paulo.

Com o novo teste, as autoridades de saúde esperam identificar quem não possui imunidade contra os sorotipos circulantes da dengue, o que poderá ser um fator crucial na implementação de medidas preventivas mais eficazes. Isso é vitale, considerando a população exposta ao vírus da dengue de maneira constante.


Novo Teste da USP Identifica Infecção Prévia de Dengue e Zika com Alta Precisão


Novo Teste da USP Identifica Infecção Prévia de Dengue e Zika com Alta Precisão

Por outro lado, a capacidade do teste de avaliar a imunidade em mulheres férteis e gestantes em relação ao vírus zika pode ter implicações diretas para a saúde pública, uma vez que evita a reatividade cruzada com anticorpos da dengue, promovendo assim diagnósticos mais seguros e confiáveis.

A expectativa é de que, com essa nova tecnologia diagnóstica, o controle e a compreensão das infecções por dengue e zika possam ser substancialmente aprimorados. Esse avanço representa não apenas uma esperança na luta contra essas doenças, mas também um passo significativo em direção à proteção da saúde pública e ao salvamento de vidas.

As críticas sobre a baixa taxa de vacinação e a ineficácia das ações governamentais em resposta ao surto de dengue são ecoadas por especialistas. Existe uma necessidade urgente de respostas mais contundentes e que realmente abordem os fatores de risco associados a essas infecções. Portanto, o cumprimento dos protocolos de vacinação e a promoção de iniciativas preventivas devem ser prioridade nas agendas de saúde pública.

Fonte:


https://revistaoeste.com/saude/teste-identifica-infeccao-previa-de-dengue-e-zika/
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