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Saúde Pública

Mais da metade da população portuguesa vive com excesso de peso ou obesidade

Mais da metade da população portuguesa vive com excesso de peso ou obesidade


Em 2022, 53,2% da população portuguesa apresentava excesso de peso ou obesidade. Os dados evidenciam um problema de saúde pública preocupante.
03 de março de 2025
Em 2022, 53,2% da população portuguesa apresentava excesso de peso ou obesidade. Os dados evidenciam um problema de saúde pública preocupante.
03 de março de 2025
Mais da metade da população portuguesa vive com excesso de peso ou obesidade

A obesidade e o excesso de peso continuam sendo um problema significativo em Portugal. De acordo com dados recentes, 53,2% da população apresenta essas condições, o que demonstra uma estabilidade preocupante em relação aos anos anteriores. Essa taxa é similar à de 2019, quando 53,5% da população também estava acima do peso ideal. Esses números foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em um momento de conscientização global, o Dia Mundial da Obesidade. O que é ainda mais alarmante é que, entre os adultos, 37,3% está classificado como tendo excesso de peso, enquanto 15,9% são considerados obesos. Esses dados revelam a urgência de se abordar essa questão de saúde pública.

As consequências do excesso de peso são evidentes em várias dimensões da vida dos indivíduos. Estudos mostram que quase metade dos obesos relatam limitações severas em atividades do dia a dia, como caminhar ou subir escadas. Isso não apenas afeta a qualidade de vida das pessoas, mas também gera um custo significativo para o sistema de saúde. Portanto, é compreensível que haja uma crescente atenção para a promoção de hábitos saudáveis e melhoria da saúde pública, uma vez que a obesidade está ligada a várias doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial.

Uma análise mais detalhada mostra que os homens são mais propensos a ter problemas com excesso de peso, com 43% nessa condição, em comparação com 32,3% das mulheres. Quando se trata de obesidade, 16,1% dos homens e 15,7% das mulheres são afetados. Além disso, a faixa etária é um fator importante, já que as pessoas acima de 45 anos apresentam índices de excesso de peso mais altos. Entre os jovens de 18 a 24 anos, apenas 14,6% têm problemas com peso, enquanto essa taxa sobe para 44,1% entre aqueles com idades entre 65 e 74 anos. Esse cenário revela a necessidade urgente de intervenções direcionadas a diferentes grupos etários para combater a obesidade.



O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma ferramenta comum utilizada para classificar o excesso de peso e a obesidade. Indivíduos são considerados com excesso de peso quando o IMC está entre 25 kg/m² e 30 kg/m², enquanto a obesidade é definida para aqueles com um IMC superior a 30 kg/m². Esses dados são cruciais, pois ajudam a entender a extensão do problema na sociedade portuguesa. Apesar da estabilidade dos números desde 2019, a avaliação da saúde entre os obesos é preocupante. Cerca de 21,6% dos indivíduos obesos consideram sua saúde ruim ou muito ruim, em contraste com 13,2% da população geral. Isso indica que a obesidade não é apenas uma questão estética, mas uma séria preocupação com a saúde que afeta a percepção que as pessoas têm sobre o seu bem-estar.

A inatividade física é outro aspecto relacionado à obesidade em Portugal. De acordo com as estatísticas, 55,4% dos obesos afirmam nunca praticar exercícios, em comparação com 43,8% da população em geral. A falta de atividade física contribui significativamente para o ciclo vicioso do ganho de peso e da saúde debilitada, reforçando a necessidade de programas de conscientização e incentivo à prática de exercícios. A promoção de um estilo de vida mais ativo é fundamental para a prevenção e tratamento de condições relacionadas ao peso.

É importante destacar que o estigma associado à obesidade pode dificultar ainda mais a abordagem do problema. Muitas pessoas que lutam com questões de peso enfrentam discriminação, o que pode levar a problemas emocionais e dificuldades em buscar ajuda. Em suma, a obesidade e o excesso de peso são questões que precisam ser tratadas com seriedade e urgência. A sociedade deve se mobilizar para criar um ambiente mais saudável e solidário.



Para enfrentar o desafio da obesidade em Portugal, é necessário um compromisso coletivo entre governo, organizações de saúde e a sociedade. Campanhas de conscientização e educação são vitais para informar a população sobre os riscos associados ao excesso de peso e promover hábitos alimentares saudáveis. Iniciativas que incentivam a prática de atividade física, como a criação de espaços públicos adequados para a prática esportiva e programas de saúde comunitários, podem ajudar a reduzir os índices de obesidade. Além disso, é fundamental que os profissionais de saúde tenham um papel ativo em orientar e apoiar os pacientes em suas jornadas de perda de peso, garantindo que as abordagens sejam adequadas às necessidades de cada indivíduo.

Medidas políticas também são essenciais para abordar a obesidade de forma eficaz. Isso inclui a implementação de regulamentações em relação à publicidade de alimentos não saudáveis, supervisão do conteúdo nutricional e promoção de incentivos fiscais para a produção e venda de alimentos saudáveis. O envolvimento de todos os setores é de extrema importância para reverter a tendência crescente da obesidade em Portugal.

Portanto, é necessário destacar que, apesar da estabilidade nos números, a luta contra a obesidade e o excesso de peso deve ser prioridade em políticas de saúde pública. A responsabilidade recai sobre todos nós: indivíduos, famílias e autoridades. Somente com um esforço conjunto será possível mudar esse cenário preocupante e melhorar a saúde da população portuguesa, assegurando um futuro mais saudável para todos.

Fonte:


https://www.publico.pt/2025/03/03/sociedade/noticia/53-populacao-portuguesa-excesso-peso-obesidade-2124567
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