O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) é uma instituição fundamental na saúde pública em Portugal, especialmente quando se trata de emergências. Um dos problemas mais graves enfrentados é o Acidente Vascular Cerebral (AVC), que continua a ser uma das principais causas de morte e incapacitação no país. Em 2024, o INEM registrou 7.886 encaminhamentos de pacientes com suspeita de AVC para a Via Verde hospitalar, resultando em uma média de 22 atendimentos diários. Apesar de representar uma redução em relação aos 8.796 casos do ano anterior, este número ainda é o segundo mais alto desde 2019, o que indica um cenário preocupante que demanda atenção urgente.

A diminuição de 910 casos em relação ao ano anterior pode ser atribuída a várias estratégias implementadas pelo INEM. Uma das principais mudanças foi a exclusão da análise de pacientes que reportaram sintomas com mais de 24 horas de atraso na procura por atendimento. Essa mudança permite que a equipe de emergência concentre esforços em casos mais críticos, onde a intervenção precoce é vital para a recuperação do paciente. Além disso, a formação contínua dos profissionais de saúde tem sido crucial para a identificação mais precisa das situações de AVC, reduzindo os chamados falsos positivos que podem sobrecarregar o sistema de atendimento.

Os dados também revelam que o distrito do Porto registrou a maior quantidade de encaminhamentos, totalizando 1.539 casos. Em seguida, Lisboa e Setúbal também apresentaram números elevados. É alarmante notar que 77% dos pacientes atendidos eram maiores de 65 anos, e 52% deles eram mulheres, evidenciando a vulnerabilidade deste grupo etário e a importância de campanhas de conscientização e formação em saúde geriátrica.

A atuação rápida é um dos fatores chave no tratamento do AVC. O INEM enfatiza que a agilidade durante as primeiras horas após o início dos sintomas pode fazer a diferença na recuperação do paciente. Sinais de alerta incluem fraqueza em um braço, desvio da boca e dificuldades na fala. Ao identificar esses sintomas, é fundamental que a população não hesite em ligar para o 112, pois este é o primeiro passo para garantir o tratamento adequado e, possivelmente, salvar vidas.

O AVC não só é uma das principais causas de morte, mas também está associado a altos índices de morbilidade em Portugal. A prevenção é, portanto, essencial e pode ser alcançada através de hábitos saudáveis de vida, como evitar o tabagismo, manter uma dieta equilibrada e praticar exercícios físicos regulares. A atenção a condições de saúde como hipertensão e diabetes também é fundamental para minimizar os riscos de AVC, especialmente entre os mais velhos.

Entidades de saúde têm promovido ações educativas com o objetivo de conscientizar a população sobre as melhores práticas de saúde e a identificação precoce dos sintomas do AVC. A informação e a educação são essenciais para que mais pessoas saibam como agir em situações de emergência e compreendam a gravidade dessa condição médica.

Concluindo, o cenário do AVC em Portugal exige uma resposta eficaz de toda a sociedade, incluindo profissionais de saúde e a população em geral. O trabalho do INEM é crucial, mas a prevenção e o reconhecimento dos sinais do AVC também dependem da participação de todos. Ao fortalecer a educação sobre a saúde e promover um estilo de vida saudável, podemos reduzir a incidência de AVC e melhorar a qualidade de vida da população, especialmente dos mais velhos. É hora de agir e garantir que cada vida conte.

A colaboração entre as instituições de saúde, a formação dos profissionais e a conscientização da população formam a base para um sistema de saúde mais eficiente. Com informações adequadas e apoio mútuo, é possível enfrentar desafios como o AVC e proporcionar um futuro mais saudável para todos.

Por fim, é essencial que continuemos a monitorar esses números e a implementar estratégias que visem melhorar o atendimento e reduzir as ocorrências de AVC. A saúde é um bem precioso e deve ser tratada com responsabilidade e dedicação.

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