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Saúde Pública

Estudo revela que apenas metade dos imigrantes tem acesso a médico de família em Portugal

Estudo revela que apenas metade dos imigrantes tem acesso a médico de família em Portugal


Estudo revela que apenas 49,7% dos imigrantes inscritos têm médico de família, destacando desafios na saúde pública.
20 de março de 2025
Estudo revela que apenas 49,7% dos imigrantes inscritos têm médico de família, destacando desafios na saúde pública.
20 de março de 2025
Estudo revela que apenas metade dos imigrantes tem acesso a médico de família em Portugal

A saúde é um direito fundamental e deve ser acessível a todos, incluindo imigrantes que residem em um novo país. No entanto, os dados recentes indicam que apenas metade dos imigrantes inscritos nos centros de saúde possui um médico de família. Em 2023, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) revelou que apenas 49,7% dos mais de 844 mil imigrantes registrados têm um médico de família atribuído, em comparação com 83,5% dos usuários nacionais. Essa disparidade revela um desafio significativo no acesso a cuidados de saúde de qualidade para essa população.

A procura por atendimentos médicos tem aumentado entre os imigrantes, especialmente para doenças agudas e cuidados materno-infantis. De acordo com as unidades de saúde, 88,8% relataram um crescimento na demanda por consultas nos últimos três anos. Em 2022, mais de dois milhões de consultas médicas e mais de um milhão de atendimentos de enfermagem foram realizados para cidadãos imigrantes. Esse aumento na demanda é um indicador claro de que os imigrantes buscam cuidados, apesar das barreiras que enfrentam.

As barreiras legais e linguísticas são os principais obstáculos que dificultam o acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), principalmente para imigrantes em situação irregular. Muitos se sentem inseguros ao procurar atendimento devido à falta de informação sobre seus direitos e ao medo de possíveis consequências legais. O estudo da ERS destaca a necessidade de melhorias no registro e tratamento de dados sobre cidadãos estrangeiros no SNS, visando facilitar o acesso a cuidados médicos. É crucial que haja uma comunicação clara entre os prestadores de serviços de saúde e os imigrantes, pois isso pode impactar diretamente na qualidade do atendimento fornecido.




Estudo revela que apenas metade dos imigrantes tem acesso a médico de família em Portugal

A maioria das unidades de saúde em Portugal relata atender frequentemente imigrantes, mas a comunicação eficaz ainda é uma barreira significativa. A falta de serviços de tradução e acompanhamento em diversas línguas tem dificultado o entendimento pleno por parte dos imigrantes, ocasionando mal-entendidos e, em alguns casos, atrasando os tratamentos necessários. Além disso, é fundamental que as unidades de saúde adotem práticas inclusivas e ofereçam suporte a imigrantes, para que se sintam confortáveis e seguros ao buscar atendimento.

Iniciativas de capacitação para os profissionais de saúde podem ser uma solução para melhorar a interação com imigrantes. Treinamentos sobre diversidade cultural e sensibilização contra preconceitos devem ser uma prioridade. Criar um ambiente acolhedor ajuda a remover as barreiras existentes e promove uma experiência melhor para os pacientes. O investimento em tecnologia, como plataformas bilíngues, também pode facilitar a comunicação e garantir que os imigrantes entendam suas condições de saúde.

O papel das políticas públicas é crucial para garantir que todos os cidadãos, independentemente de sua origem, tenham acesso ao Sistema de Saúde. Medidas que promovam a igualdade no acesso e que combatam a discriminação são fundamentais para que o SNS funcione de maneira justa e eficaz. Ao entender as necessidades específicas da população imigrante, o sistema pode se tornar mais inclusivo e sensível às demandas dessa comunidade.



O futuro do acesso à saúde para imigrantes em Portugal depende de ações concretas e de um compromisso coletivo. As recomendações da ERS devem ser levadas em consideração e implementadas para promover transparência e equidade no acesso aos serviços de saúde. Campanhas informativas que esclareçam sobre os direitos dos imigrantes e incentivem a procura por atendimento médico são essenciais para derrubar barreiras e aumentar a confiança nesse sistema.

Ao trabalhar juntos, governo, entidades de saúde e a própria comunidade imigrante podem criar um ambiente mais saudável. A promoção de ações que valorizem a diversidade e a inclusão pode beneficiar não apenas os imigrantes, mas também reforçar a saúde pública como um todo. Proporcionar um atendimento acessível e de qualidade para todos, sem distinção, é um passo importante para um futuro mais justo.

Em resumo, os dados apresentados pelo estudo da ERS revelam uma disparidade preocupante no acesso à saúde para imigrantes. No entanto, com as iniciativas certas e colaborações entre todos os setores, é possível criar um sistema de saúde que proporcione assistência adequada e digna a todos os cidadãos, independentemente da sua origem.

Fonte:


https://www.publico.pt/2025/03/20/sociedade/noticia/apenas-metade-imigrantes-inscritos-centros-saude-medico-familia-2126644
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