Saúde Pública
Criança de três anos é mordida por cão e precisa de hospitalização em Lisboa
Criança de três anos é mordida por cão e precisa de hospitalização em Lisboa

Na noite de sexta-feira, 22 de novembro de 2024, um grave incidente ocorreu em Monte de São João, no concelho de Aljustrel, no distrito de Beja, envolvendo uma criança de apenas três anos. O caso, que atraiu a atenção das autoridades locais, ocorreu às 20h06, quando o alerta foi dado após a criança ser mordida por um cão. O transporte rápido da vítima para o Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa, foi realizado pela ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) de Moura, evidenciando a gravidade da situação. Seis operacionais, incluindo bombeiros e GNR, se deslocaram para atender a ocorrência, incluindo três viaturas, o que demonstra a mobilização de recursos públicos necessários para atender este tipo de emergência.
Este incidente é um lembrete alarmante sobre os riscos de interação entre crianças e animais, especialmente cães, que podem apresentar comportamentos imprevisíveis. No dia anterior ao ataque em Aljustrel, uma outra criança de dois anos havia sido mordida no olho por um cão enquanto brincava na casa da avó em Mancelos, Amarante. Este incidente paralelo ilustra a urgência em termos de vigilância e cuidado enquanto as crianças interagem com animais de estimação ou estranhos. Em ambos os casos, as mordidas resultaram em ferimentos significativos, o que levanta questões sobre a segurança e o treinamento de animais em áreas residenciais.
Em resposta à recente onda de ataques de cães, o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Baixo Alentejo ressaltou a importância de investigar os motivos por trás do incidente com a criança de três anos. As investigações são cruciais não apenas para entender as circunstâncias que levaram à mordida, mas também para prevenir futuros episódios de violência animal. As autoridades sempre enfatizam a necessidade de supervisão constante quando crianças estão em contato com cães, independentemente da familiaridade delas com os animais. É fundamental educar os pais sobre como apresentar cães às suas crianças, garantir que os animais estejam adequadamente treinados e que os pequenos aprendam a respeitar o espaço dos animais. Dessa forma, é possível criar um ambiente mais seguro que minimize o risco de mordidas de cães.
Crianças pequenas são especialmente vulneráveis a ataques de cães, uma vez que muitas vezes não têm a compreensão necessária para interpretar os sinais de um animal que pode estar estressado ou ameaçado. Isso é especialmente importante em áreas residenciais, onde a intersecção entre crianças brincando e animais domésticos é comum. Familias devem ser educadas sobre como prevenir tais acidentes, o que envolve não apenas uma supervisão rigorosa, mas também ensinar as crianças a interagir com segurança com cães. Dicas práticas incluem não perturbar um cão que está comendo ou dormindo, e sempre perguntar ao dono ou responsável se é seguro acariciar o animal.
A percepção pública sobre a segurança em relação aos cães deve ser abordada com seriedade, especialmente à luz de incidentes como os ocorridos em Aljustrel e Amarante. Compreender o comportamento canino e as circunstâncias que podem levar a ataques é crucial para prevenir futuros incidentes. Além disso, muitos donos de cães precisam se lembrar de que a socialização e o treinamento do animal são componentes essenciais para ter um cão seguro e bem comportado, que saiba interagir adequadamente com crianças e adultos. Eventos trágicos como esses devem ser uma chamada ao papel activo que todos têm em garantir um ambiente seguro para as crianças.
Ao final do dia, é a responsabilidade dos adultos supervisionar e proteger as crianças, educando-as sobre respeito e cuidado ao interagir com os animais. Mais do que isso, as autoridades devem trabalhar em conjunto com os donos de cães e as comunidades locais para promover uma cultura de segurança que leve em conta a coexistência de crianças e animais, ajudando assim a prevenir ferimentos e tragédias. Prevenção, educação e responsabilidade estão no cerne da solução para evitar que tais incidentes se repitam no futuro.
Apesar das precauções e cuidados que devem ser tomados, a realidade é que cães são animais instintivos e suas reações podem ser imprevisíveis. Portanto, os incidentes que resultam em ferimentos, como os que vimos recentemente, são um chamado para que todos os envolvidos, desde os donos de cães até os responsáveis por crianças, façam um esforço consciente para evitar situações de risco. Com isso, não se trata apenas de uma responsabilidade individual, mas coletiva, onde os membros da comunidade devem trabalhar juntos para promover a segurança de todos.
A chave para evitar novos episódios de violência animal é a consciência. Então, a população deve se unir para discutir e implementar estratégias de prevenção, que incluem educação sobre o comportamento dos animais, políticas de controle sobre cães potencialmente perigosos e um envolvimento ativo no treinamento e socialização de cães desde filhotes. Medidas como campanhas de conscientização, palestras e workshops podem ser muito eficazes para alertar e educar a população sobre o tema.
Em conclusão, a trágica situação da criança de três anos em Aljustrel e a de outros jovens em circunstâncias semelhantes demonstram a urgência de tratarmos a interação entre seres humanos e cães com seriedade. Essas ocorrências são, em última análise, um reflexo de um problema maior que precisa ser abordado. Protagonizar uma mudança positiva requer um esforço contínuo, onde a educação, a responsabilidade e a empatia desempenham papéis cruciais para que possamos oferecer um ambiente seguro para nossas crianças e para os animais que compartilham esse espaço.