Skip to main content

Política Hoje

Noboa e González avançam para segundo turno das eleições presidenciais no Equador

Noboa e González avançam para segundo turno das eleições presidenciais no Equador


Daniel Noboa e Luisa González avançaram para o segundo turno das eleições presidenciais no Equador, destacando-se em um cenário conturbado e polarizado, repleto de desafios de segurança e políticos.
10 de fevereiro de 2025
Daniel Noboa e Luisa González avançaram para o segundo turno das eleições presidenciais no Equador, destacando-se em um cenário conturbado e polarizado, repleto de desafios de segurança e políticos.
10 de fevereiro de 2025
Noboa e González avançam para segundo turno das eleições presidenciais no Equador
As eleições presidenciais no Equador sofreram uma grande reviravolta com o avanço de Daniel Noboa e Luisa González para o segundo turno, marcado para o dia 13 de abril de 2025. A primeira rodada ocorreu no último domingo, 9 de fevereiro, e foi acirrada, com Noboa, o atual presidente, obtendo 44,3% dos votos, enquanto Luisa ficou apenas 0,4% atrás, totalizando 43,9%. Isso equivale a pouco mais de 4 milhões de votos para cada candidato. A participação nas urnas foi significativa, mas cerca de 2,2 milhões de eleitores optaram por não comparecer, resultando em um total de 12,5 milhões de eleitores. Também foram registrados 6,77% de votos nulos e 2,11% de brancos, o que chama atenção para a insatisfação do eleitorado. O mandato de Noboa tem sido marcado por uma forte campanha contra o narcotráfico, uma das grandes preocupações da população equatoriana, especialmente diante do aumento da insegurança no país. Ele também lidou com uma crise energética agravada pela seca, que afetou diversas regiões. Noboa é visto como um político de centro, contando com o apoio de setores da direita e implementando políticas econômicas mais liberais, que buscam melhorar a economia em um período de turbulência. Por outro lado, Luisa González é uma advogada que se alinha ao ex-presidente socialista Rafael Correa. Sua candidatura representa uma proposta de retorno às políticas mais progressistas, e sua base de apoio está focada em questões sociais e econômicas. O contexto eleitoral é marcado por um ambiente crescentemente inseguro, refletindo um histórico de violência e desafios ligadas ao crime organizado que afetam a vida diária dos cidadãos.


Noboa e González avançam para segundo turno das eleições presidenciais no Equador O recente avanço de Daniel Noboa também reflete um desejo de mudança após a queda de Guillermo Lasso, ex-presidente que utilizou a cláusula de “morte cruzada” para dissolver a Assembleia e convocar novas eleições. Este ciclo eleitoral é significativo, pois marca o retorno à normalidade política do país. Noboa, reconhecido como o presidente mais jovem da história do Equador, tem implementado estratégias de segurança que resultaram na prisão de mais de 60 mil suspeitos e na apreensão de substâncias ilícitas, o que demonstra uma tentativa de trazer maior segurança à população. Apesar das operações de segurança e das melhorias temporárias em algumas áreas, a violência ainda é uma realidade alarmante, especialmente em regiões como Durán, onde o crime organizado tem exercido grande influência. A insegurança se tornou uma das bandeiras mais importantes nas eleições, com os candidatos tendo que demonstrar planos concretos para enfrentá-la. Essa situação crítica traz à tona a necessidade urgente de soluções eficazes que não apenas abordem o problema da segurança, mas também promovam o desenvolvimento social e econômico nas comunidades mais afetadas. Além disso, o resultado da eleição reflete a polarização existente na política equatoriana. Os candidatos não apenas representam visões opostas sobre como abordar a questão da insegurança, mas também apresentam diferentes propostas na área econômica. Noboa propõe uma continuação das políticas liberais, enquanto González sugere um retorno ao modelo de estado mais intervencionista, típico das administrações de Correa. Essa divergência poderá ser um fator decisivo para o eleitorado na escolha de seu próximo líder.

A probabilidade de um segundo turno acirrado é alta, dado o quão próximos os resultados foram na primeira rodada e a mobilização esperada de eleitores de ambos os lados nas próximas semanas. Os desafios que ambos os candidatos enfrentarão não se restringem apenas ao campo político; eles também incluirão a necessidade de abordar a crescente desconfiança e o desencanto da população. A participação de 12,5 milhões de eleitores é um indicativo de que, apesar das ausências, a população ainda se importa em participar do processo democrático. Os próximos meses serão cruciais para Noboa e González que precisarão apresentar suas propostas de forma clara e convincente. Para Noboa, manter o suporte da direita e reforçar suas políticas de segurança serão fundamentais para garantir uma segunda vitória. Para González, mobilizar os apoiadores de Correa e conquistar eleitores indecisos será um desafio monumental. O resultado desse segundo turno pode determinar o futuro político do país e a abordagem que o Equador adotará para lidar com a crise de segurança e o desenvolvimento econômico. As eleições presidenciais de 2025 no Equador não são apenas um reflexo das preferências políticas, mas também de um momento de transformação. A escolha entre continuar com as políticas de Noboa ou retornar ao socialismo com González poderá impactar não apenas as próximas gerações, mas também o tecido social e econômico do país que enfrenta uma nova realidade diante do crime e da pobreza. Com o segundo turno se aproximando, a expectativa está alta para ver como os candidatos irão navegar por um cenário tão complexo e decisivo para o futuro do Equador.

Fonte:


https://revistaoeste.com/mundo/daniel-noboa-e-luisa-gonzalez-vao-ao-2o-turno-no-equador/
41307 visualizações

Gostou? Vote nesse artigo.

Faça o seu cadastro GRÁTIS
e tenha acesso a todo o conteúdo exclusivo.

Faça o seu cadastro GRÁTIS

e tenha acesso a todo o conteúdo exclusivo

Mais do autor