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Política e Governança

Ministros do STM têm salários superiores a R$ 300 mil em dezembro, gerando polêmica sobre altos valores

Ministros do STM têm salários superiores a R$ 300 mil em dezembro, gerando polêmica sobre altos valores


Em dezembro de 2024, os ministros do STM do Brasil receberam salários elevados, com valores líquidos superiores a R$ 300 mil, gerando polêmica.
22 janeiro 2025
Em dezembro de 2024, os ministros do STM do Brasil receberam salários elevados, com valores líquidos superiores a R$ 300 mil, gerando polêmica.
22 janeiro 2025
Ministros do STM têm salários superiores a R$ 300 mil em dezembro, gerando polêmica sobre altos valores

No mês de dezembro de 2024, os ministros do Superior Tribunal Militar (STM) do Brasil surpreenderam ao receber salários imponentes, que em alguns casos ultrapassaram os R$ 300 mil líquidos, gerando discussões sobre os altos valores pagos. A remuneração básica dos ministros é de R$ 41.808,09, mas diversos benefícios e indenizações elevaram esses montantes a níveis muito superiores ao teto do funcionalismo público, fixado em R$ 32 mil líquidos.

O ministro-general Odilson Sampaio Benzi foi o grande destaque, recebendo R$ 318.580,38. Logo em seguida, os ministros Artur Vidigal de Oliveira e José Barroso Filho também recebendo quantias significativas, de R$ 316.168,16 e R$ 307.877,48, respectivamente. Essas informações foram obtidas por meio do painel de remuneração de magistrados, que é disponibilizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), evidenciando a discrepância entre os salários e o esperado no serviço público.

Em um contexto de austeridade fiscal, esses altos salários causaram polêmica. O aumento em dezembro foi impulsionado por vários componentes, incluindo “direitos pessoais” que variaram entre R$ 39 mil e R$ 81 mil, dependendo do ministro, além de indenizações que, em média, somaram R$ 141 mil. Além disso, foram recebidos “direitos eventuais” que incluem gratificações e valores retroativos, ampliando ainda mais a disparidade nas compensações.



Esse cenário de pagamentos elevadíssimos gerou descontentamento e questionamentos sobre a prática do abate-teto, que deveria limitar as remunerações ao teto do funcionalismo. A maior parte das quantias recebidas pelos ministros foi isenta de Imposto de Renda, uma vez que esses pagamentos foram categorizados como de “natureza indenizatória”, o que ressaltou a controvérsia em torno da transparência dessas remunerações. Somente em dezembro, estima-se que cerca de R$ 4 milhões foram pagos aos integrantes da corte, um número alarmante, especialmente em tempos de promessas de responsabilidade fiscal.

É interessante notar que o único ministro que não figurou entre os que receberam esses benefícios foi o general Guido Amin Naves, que tomou posse em 23 de dezembro, não sendo, portanto, incluído na folha de pagamento do mês. Essa informação levanta ainda mais questões sobre como as remunerações são geridas e a eficácia da aplicação do abate-teto no STM.

Além disso, este episódio destaca não apenas a questão salarial, mas também a falta de clareza e a necessidade de uma discussão mais abrangente sobre a remuneração de ministros e suas implicações dentro da estrutura do serviço público. O debate acerca da transparência na gestão dos recursos públicos e a necessidade de revisão das normas que regem esses pagamentos se tornam cada vez mais pertinentes.



Concluindo, a análise dessa situação merece atenção não apenas pela cifra exorbitante envolvida, mas também pelo impacto que esse tipo de decisão pode ter na confiança pública nas instituições judiciais. A reforma das políticas de remuneração dentro do STM se impõe como uma necessidade, visando garantir que os valores pagos sejam justos, transparentes e em conformidade com as promessas de austeridade fiscal. O olhar atento da sociedade e dos meios de comunicação desempenha um papel crucial nesse processo, estimulando a discussão e buscando soluções adequadas para a questão salarial dos ministros.

Fonte:


https://revistaoeste.com/politica/ministros-do-stm-receberam-salarios-de-mais-de-r-300-mil/.
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