Política e Governança
Hortas comunitárias de Porto Alegre avançam com novas implantações e comunidades engajadas
Hortas comunitárias de Porto Alegre avançam com novas implantações e comunidades engajadas

O projeto das hortas comunitárias em Porto Alegre representa uma importante iniciativa para promover práticas sustentáveis de cultivo urbano. Desde o seu lançamento em dezembro do ano anterior, a cidade tem avançado na construção de espaços destinados ao plantio de alimentos, com a previsão de 68 hortas comunitárias em diversas regiões. Desenvolvido sob a supervisão da Secretaria de Coordenação Política e Governança Local, liderada por Cássio Trogildo, o projeto enfrenta desafios, como os atrasos causados pelas recentes enchentes na cidade. No entanto, a meta é clara: até o final de 2024, 24 hortas deverão estar em pleno funcionamento.
O caráter comunitário do projeto é essencial. Não se trata apenas de criar hortas, mas de fomentar a responsabilidade coletiva em torno delas. As comunidades queGerenciam esses espaços estarão diretamente envolvidas na manutenção e cuidado das hortas. Entre as áreas contempladas, destaca-se a Lomba do Pinheiro, que abrigará a maior horta comunitária da capital. Além disso, outras hortas serão instaladas na Restinga e no bairro Glória, contribuindo para a segurança alimentar dos moradores e promovendo a agricultura urbana.
Essas hortas seguirão um modelo agroflorestal, que inclui espaço para árvores frutíferas e hortaliças. A diversidade na plantação não só enriquece a alimentação da população, mas também fortalece a biodiversidade local. O investimento no projeto é significativo, totalizando R$ 2,16 milhões, e conta com a colaboração de várias organizações comunitárias, que auxiliam na implementação e na gestão das hortas. O projeto se apresenta como uma luz na busca por soluções viáveis para os desafios da alimentação nas áreas urbanas.
Ao longo das últimas décadas, Porto Alegre tem enfrentado desafios relacionados à segurança alimentar e à falta de espaços verdes nas áreas urbanas. O projeto das hortas comunitárias surge como uma resposta inovadora a essas questões, promovendo não apenas a produção de alimentos, mas também o fortalecimento do tecido social nas comunidades. A integração entre diferentes organizações comunitárias e a Prefeitura é fundamental para o sucesso do projeto, pois permite que as populações locais se sintam parte do processo.
A escolha das áreas para a implementação das hortas foi estratégica. Lomba do Pinheiro, Restinga e bairro Glória são regiões que, além de sofridas com a desigualdade social, têm grande potencial para a agricultura urbana. A localização das hortas facilitará o acesso a alimentos frescos e saudáveis, reduzindo a dependência de fornecedores externos. Esse modelo também permitirá a criação de uma rede de trocas e mutualismo entre os moradores, promovendo a solidariedade.
Além da produção de alimentos, as hortas comunitárias têm um papel educacional importante. Elas servirão como espaços de aprendizado sobre cultivo, sustentabilidade e alimentação saudável. A realização de oficinas e atividades em grupo poderá estimular a participação da comunidade e reforçar a importância da agricultura urbana. Assim, as hortas se tornam não apenas um local de plantio, mas um centro de convivência e transformação social.
Os benefícios das hortas comunitárias vão além da segurança alimentar. Elas ajudam a combater o estresse ambiental, proporcionam espaços verdes que melhoram a qualidade do ar e promovem a saúde mental dos habitantes. Além disso, ao cultivar os próprios alimentos, os moradores têm a oportunidade de se conectar mais profundamente com a natureza e seus ciclos. O modelo agroflorestal, ao incluir árvores frutíferas, também contribui para a conservação do solo e da água.
O engajamento da sociedade civil no projeto é fundamental para garantir sua continuidade e sucesso a longo prazo. Para que as hortas se consolidem, é vital que os moradores sintam que fazem parte dessa iniciativa e que têm um papel ativo na sua manutenção. A participação de escolas e instituições locais pode enriquecer ainda mais essa experiência, envolvendo crianças e jovens no aprendizado sobre a alimentação e o respeito ao meio ambiente.
Até o final de 2024, a previsão é que o número de hortas em funcionamento cresça, impactando positivamente a vida de milhares de porto-alegrenses. O projeto representa um passo importante rumo a uma cidade mais verde, justa e sustentável, e um verdadeiro exemplo do poder da comunidade em transformar sua realidade. O futuro das hortas comunitárias em Porto Alegre é promissor, e a expectativa é que se tornem um modelo para outras cidades do Brasil.