Política e Governança
Governo brasileiro condena declaração do presidente da Conmebol sobre a Copa Libertadores
Governo brasileiro condena declaração do presidente da Conmebol sobre a Copa Libertadores

No dia 18 de março de 2025, uma declaração polêmica do presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, provocou a indignação do Governo Brasileiro. Ao comparar uma Copa Libertadores sem clubes brasileiros a 'Tarzan sem Chita', suas palavras foram duramente criticadas. O governo brasileiro, por meio de um comunicado assinado por representantes do Ministério do Esporte, do Ministério da Igualdade Racial e do Ministério das Relações Exteriores, repudiou a comparação e ressaltou que Dominguez cometeu um erro de julgamento.
Além disso, o governo destacou uma preocupação maior: a necessidade urgente de medidas contra o racismo dentro do futebol sul-americano. A Conmebol recentemente sancionou um clube paraguaio por insultos racistas, evidenciando a crescente preocupação em relação a atos racistas no esporte. Em resposta às declarações de Dominguez, as autoridades brasileiras exortaram tanto a Conmebol quanto as federações nacionais a tomarem ações concretas para combater o racismo e promover a igualdade racial.
Esse episódio não é isolado e reflete um problema maior enfrentado pelo futebol na América do Sul. O governo brasileiro reafirmou seu compromisso com a luta contra o racismo, enfatizando a importância de iniciativas que garantam a igualdade racial em todos os níveis do esporte. A resposta de Dominguez, que pediu desculpas e alegou que suas palavras foram mal interpretadas, não diminui as expectativas em relação à Conmebol para uma ação mais efetiva nessa questão.

A Conmebol, como órgão regulador do futebol sul-americano, tem enfrentado críticas por sua postura em relação ao racismo. Após a recente ação contra um clube paraguaio, o clamor por um protocolo mais rigoroso para lidar com casos de discriminação dentro de partidas se intensificou. As declarações de Dominguez, que pareciam minimizar o impacto da ausência dos clubes brasileiros na Libertadores, são vistas como um reflexo de uma desconexão com a realidade do futebol no continente.
O papel do governo brasileiro, na defesa de seus clubes e na luta contra o racismo, é vital. Ao repudiar as declarações de Dominguez, o governo sinaliza que não tolerará comentários que possam desmerecer a importância dos clubes brasileiros no cenário esportivo. Essa postura não apenas fortalece o posicionamento do Brasil no futebol, mas também destaca a necessidade de uma dose maior de responsabilidade social por parte dos dirigentes esportivos.
As Federações Nacionais e a Conmebol têm um papel crucial na implementação de campanhas educativas e ações que promovam a inclusão e diversidade no futebol. A mensagem é clara: não basta apenas sancionar; é preciso educar e promover um ambiente onde todos os jogadores, independentemente de sua raça, se sintam respeitados e seguros dentro de campo.


Concluímos que a luta contra o racismo no futebol vai além de simples pedidos de desculpas. A determinação do governo brasileiro em exortar a Conmebol a agir de forma mais decisiva deve ser um catalisador para mudanças significativas. As ações institucionais devem se traduzir em resultados efetivos, que promovam a diversidade e a inclusão no esporte. O episódio envolvendo Dominguez deve servir de lição para que todos os envolvidos no futebol compreendam a seriedade da questão racial.
As declarações infelizes e as comparações inadequadas precisam ser acompanhadas por ações proativas que realmente mudem a cultura racista que ainda persiste em ambientes esportivos. Assim, a comparação feita por Dominguez pode ser vista como uma oportunidade para reavaliar a maneira como o racismo é tratado no futebol e como os líderes esportivos se comunicam em momentos de alta sensibilidade.
Por fim, a capacidade de ouvir e entender as críticas recebidas é fundamental para que tenhamos um futebol mais justo e igualitário. E a responsabilidade por isso recai tanto nas federações quanto nas autoridades públicas, que devem trabalhar unidas em direção a um ideal de igualdade no esporte.