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Política e Governança

Câmara do RJ discute regulamentação do aluguel de imóveis por curta duração e suas implicações

Câmara do RJ discute regulamentação do aluguel de imóveis por curta duração e suas implicações


A Câmara Municipal do Rio de Janeiro discute projeto de lei sobre aluguel de imóveis por curta duração, visando regulamentar o setor e proteger interesses de proprietários e turistas.
27 março 2025
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro discute projeto de lei sobre aluguel de imóveis por curta duração, visando regulamentar o setor e proteger interesses de proprietários e turistas.
27 março 2025
Câmara do RJ discute regulamentação do aluguel de imóveis por curta duração e suas implicações

A discussão sobre a regulamentação do aluguel de imóveis por curta duração no Rio de Janeiro vem ganhando destaque nas últimas semanas, especialmente nas áreas turísticas como a zona sul e o centro. O vereador Salvino Oliveira, do PSD-RJ, apresentou um projeto de lei que visa estabelecer regras claras para os proprietários que desejam alugar seus imóveis por períodos curtos. A proposta surge em meio ao crescimento das plataformas de aluguel, como Airbnb e Booking, que facilitam essas transações.

Uma das principais medidas do projeto é a obrigatoriedade da obtenção de alvarás sanitários e de licença de funcionamento, mesmo para imóveis residenciais. Trata-se de uma iniciativa que busca garantir a segurança e a qualidade dos serviços oferecidos aos hóspedes. Além disso, os proprietários precisarão apresentar uma declaração do síndico do edifício autorizando a hospedagem, o que visa garantir a harmonia entre os moradores e as atividades de aluguel.

Outro ponto importante do projeto é a exigência de que os proprietários armazenem, por um período mínimo de três meses, informações sobre os hóspedes, como fotos, documentos de identificação e números de telefone. Essa medida tem como objetivo aumentar a segurança tanto dos visitantes quanto dos próprios moradores da região. Além disso, as plataformas de aluguel serão responsáveis por enviar relatórios semestrais à prefeitura, contendo detalhes sobre cada imóvel, incluindo o número de hospedagens e as datas de entrada e saída.



A discussão na Câmara Municipal do Rio de Janeiro tem atraído a atenção dos cidadãos, com a participação de diferentes setores interessados nas consequências da regulamentação. O setor hoteleiro, por exemplo, manifesta preocupação com a atual falta de regras, que consideram gerar um desequilíbrio tributário e possível risco para os hóspedes. Os hotéis, que já cumprem com diversas obrigações fiscais, argumentam que a regulamentação é essencial para assegurar um nível de competição justo no mercado.

Por outro lado, os proprietários de imóveis que alugam por curta duração se opõem a algumas das exigências do projeto, alegando que pagam seus impostos, como o IPTU, e que a regulamentação pode acabar privilegiando os grandes hotéis, criando uma reserva de mercado em detrimento das alternativas oferecidas por plataformas como o Airbnb. Essa polarização de opiniões tem gerado debates acalorados nas audiências públicas, com diferentes grupos apresentando suas visões sobre o futuro do aluguel de imóveis na cidade.

A falta de consenso entre os vereadores é evidente, já que mesmo entre os aliados do prefeito Eduardo Paes existem divergências sobre a melhor abordagem a ser adotada. A expectativa é que o projeto passe por revisões antes de uma possível aprovação, e o feedback da população pode influenciar significativamente o resultado final das discussões. O impacto da proposta será amplamente sentido, não apenas pelos proprietários e pelo setor de hospedagem, mas também pelos turistas que visitam a cidade.



Em meio a essas discussões, é fundamental que todas as partes envolvidas considerem os prós e contras da regulamentação. O fortalecimento do mercado de aluguel de imóveis por curta duração pode trazer benefícios tanto para os proprietários quanto para os turistas, desde que haja um equilíbrio entre as exigências regulamentares e a liberdade de operações. O Rio de Janeiro, sendo um dos destinos turísticos mais importantes do Brasil, precisa encontrar uma solução que promova a segurança, a qualidade do serviço e a justiça tributária.

Ao definir um conjunto de regras claras, a cidade pode fortalecer sua posição no turismo, ao mesmo tempo em que protege os interesses dos moradores permanentes. Assim, o debate sobre a regulamentação do aluguel por curta duração será um passo importante na construção de um ambiente mais seguro e justo para todos os cidadãos e visitantes.

Por fim, todos os envolvidos devem continuar a participar ativamente das discussões e das audiências públicas, garantindo que as vozes de proprietários, hóspedes e profissionais do setor hoteleiro sejam ouvidas. O equilíbrio entre as necessidades econômicas dos cidadãos e as demandas de segurança e regulamentação é essencial para o desenvolvimento sustentável do turismo no Rio de Janeiro.

Fonte:


https://revistaoeste.com/politica/vereadores-do-rio-de-janeiro-discutem-criacao-de-regras-para-aluguel-de-imoveis-por-curta-duracao/
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