Política e Governança
André Janones enfrenta terceira suspensão da OAB e pode ser expulso da entidade
André Janones enfrenta terceira suspensão da OAB e pode ser expulso da entidade

O deputado federal André Janones, pertencente ao partido Avante-MG, enfrenta dificuldades com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), tendo recebido sua terceira suspensão, que pode resultar em sua expulsão da entidade. Este cenário surge em um contexto de preocupações sobre a conduta de advogados e a necessidade de manter a integridade da profissão.
A primeira suspensão ocorreu entre 26 de abril e 26 de maio de 2021, a segunda foi de 24 de junho de 2022 até 21 de janeiro de 2025 e, por fim, a mais recente começou em 22 de janeiro de 2025 e terá duração de 30 dias. O motivo exato de cada uma dessas sanções não foi revelado pela OAB, que mantém a confidencialidade dos detalhes relacionados a punições. Contudo, o estatuto da advocacia é rigoroso e estabelece que ações ilegais ou comportamentos antiéticos podem levar a sanções severas.
Após acumular três suspensões, Janones se vê em um ponto crítico, pois a legislação prevê que a pena máxima—que é a expulsão da OAB—pode ser aplicada. Para que isso ocorra, é necessário o apoio de dois terços do conselho seccional, que decidirá seu futuro dentro da entidade. Essa situação evidencia a fragilidade da posição de Janones como advogado, mesmo sendo uma figura política relevante no Brasil.

Recentemente, mesmo diante das suspensões, Janones não se afastou da cena política. Ele utilizou seu registro na OAB para solicitar formalmente à Procuradoria-Geral da República a extinção do Partido Liberal (PL). Essa iniciativa está alinhada com sua perspectiva de que o PL estaria envolvido em tentativas de desestabilização da democracia brasileira. Esse posicionamento de Janones reitera sua defesa do regime democrático que, segundo ele, tem enfrentado sérias ameaças nos últimos tempos.
A OAB, enquanto entidade responsável pela regulamentação e supervisão da prática da advocacia no Brasil, possui um papel crucial na manutenção dos padrões éticos entre seus membros. As suspensões impostas a Janones revelam a seriedade com que a OAB trata violações éticas e legais.
Além disso, essa situação levanta um debate mais amplo sobre o papel dos advogados na política e o que se espera de figuras que desempenham funções tanto na advocacia quanto na representação pública. A conduta de advogados e políticos deve refletir um compromisso com a ética e a legalidade, especialmente em tempos onde a confiança nas instituições é vital.


Ainda que a OAB não tenha divulgado os detalhes referentes às punições aplicadas a Janones, a repercussão da sua situação é evidente entre os profissionais da advocacia e na sociedade em geral. A luta pela proteção da democracia é um tema que ressoa com muitas pessoas, e a ação de Janones pode ser vista tanto como um esforço legítimo quanto como uma manobra política. Enquanto sua defesa em relação ao PL busca criar um clima de confiança e integridade, suas suspensões lançam dúvidas sobre sua ética e credibilidade.
Concluindo, a trajetória de André Janones na OAB e na política é clara: ele está em um ponto de inflexão onde sua próxima escolha pode definir não apenas seu futuro como advogado, mas também sua imagem como deputado federal. A sociedade observa atentamente, pois o desenrolar dessa situação poderá influenciar a percepção pública sobre a advocacia e a política no Brasil.
As ações futuras de Janones e a decisão da OAB serão cruciais para entender como a ética na advocacia continua a ser avaliada, especialmente em tempos de desafios políticos e sociais.
