Uma Reflexão Sobre 2024

Encerramos 2024 com a sensação de que vencemos uma nova batalha. Reflexões sobre o ano passado nos levam a rever a luta pela democracia, pela justiça e pela arte. O Brasil viveu momentos cruciais que marcaram não apenas a política, mas também a cultura e a identidade do povo brasileiro. A frase emblemática de Belchior, 'Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro', tornou-se um símbolo de esperança e resiliência diante dos obstáculos que enfrentamos.

O ano foi marcado pela prisão de um general acusado de conspiração contra um governo legitimamente eleito. Esse evento simboliza tanto a fragilidade da democracia quanto a luta pela sua preservação. Embora trágico, o acontecimento também nos lembra da importância da justiça e da necessidade de defender os valores democráticos. A anistia para os golpistas é inaceitável e deve ser combatida para garantir que o Brasil siga um caminho de estabilidade e integridade.

Além das questões políticas, 2024 também trouxe um avanço significativo na cultura brasileira. O cinema, em particular, emergiu como um espaço de resistência e reflexão. Filmes como Ainda Estou Aqui destacaram a força da arte em expressar nossas vivências e desafios, reafirmando a cultura como um pilar essencial para a construção de um país mais justo e humano. Investir em políticas públicas que incentivem a criatividade é fundamental para que possamos avançar.

A Arte como Resiliência

Através da arte, podemos encontrar caminhos para a transformação e a resistência. Ao longo de 2024, vimos como a cultura pode ser um veículo poderoso para expressar insatisfações sociais e promover mudanças. O vigor artístico que emergiu em várias formas, como cinema, música e teatro, nos lembrou que a criatividade deve ser valorizada e incentivada. As histórias contadas nas telas e nos palcos refletem as lutas diárias do povo brasileiro e trazem à tona a beleza da diversidade cultural que nos define.

Cabe a nós, como sociedade, não apenas celebrar essas conquistas artísticas, mas também garantir que elas continuem a prosperar. Precisamos pressionar por investimentos em cultura e arte nas políticas públicas, pois são elas que fomentam a inclusão e a democratização do acesso à criatividade. O apoio a artistas e iniciativas culturais é essencial para mantermos viva a chama da resistência e da esperança, especialmente em tempos de incerteza.

É com esse otimismo que entramos em 2025. Precisamos manter a convicção de que a arte é uma forma de protesto e de esperança. Enquanto continuamos lutando por justiça, devemos lembrar que a criação é um ato de resistência e uma ferramenta de transformação social. O novo ano nos traz a expectativa de mais histórias que refletem nossa realidade, mas também inspiram o futuro.

Para o Futuro: Esperança e Transformação

À medida que penetramos em 2025, é crucial olharmos para o que podemos construir juntos. Precisamos acreditar que resistir, criar e sonhar são os caminhos que nos levarão a um futuro mais justo. O Brasil está em um momento de redobrada atenção em sua trajetória, e é nossa responsabilidade coletiva zelar pela democracia e pela justiça. O futuro requer ação, e agir com esperança é o que nos tornará mais fortes.

As expectativas para 2025 são promissoras. Se conseguimos enfrentar os desafios de 2024, podemos trilhar um caminho de conquistas e superações. O potencial criativo do Brasil é imenso, e investir na arte e na cultura deve ser uma prioridade para que possamos refletir nossa identidade e diversidade. Vamos entrar neste novo ano com a certeza de que, com justiça e arte, podemos viabilizar transformação social e resiliência.

Que estejamos prontos para lutar por um Brasil onde a cultura seja valorizada e a justiça seja uma realidade. A caminhada é longa, mas a esperança é a nossa guia. Chegou a hora de sonhar e fazer acontecer, juntos, como uma nação digna de nossa história e de nosso futuro.

Fonte:

https://www.publico.pt/2024/12/23/publico-brasil/opiniao/2024-ano-resistencia-arte-esperanca-2116644