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G20 se compromete a reformar Conselho de Segurança da ONU e pede soluções para dívida dos países pobres

G20 se compromete a reformar Conselho de Segurança da ONU e pede soluções para dívida dos países pobres


Na recente cúpula do G20, líderes globais comprometeram-se a reformar o Conselho de Segurança da ONU, enfatizando a inclusão de países em desenvolvimento e a urgência de medidas para aliviar a dívida das nações pobres.
19 novembro 2024
Na recente cúpula do G20, líderes globais comprometeram-se a reformar o Conselho de Segurança da ONU, enfatizando a inclusão de países em desenvolvimento e a urgência de medidas para aliviar a dívida das nações pobres.
19 novembro 2024
G20 se compromete a reformar Conselho de Segurança da ONU e pede soluções para dívida dos países pobres

No cenário internacional contemporâneo, os países do G20 estão alinhando esforços para reformar o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Este movimento ganha força no contexto das discussões recentes, onde as 19 maiores economias do mundo, juntamente com a União Europeia e a União Africana, manifestaram a necessidade urgente de modernizar este órgão. O objetivo principal das reformas é aumentar a representação e a influência dos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, que historicamente têm sido marginalizados nas decisões globais.

O documento final da cúpula de líderes do G20, que ocorreu com a presença de representantes de diversas nações, reflete um compromisso significativo, mesmo que não mencione explicitamente a eliminação do poder de veto dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança. Esta situação é vista como um passo positivo, especialmente pelos países emergentes, que consideram que a inserção da palavra “compromisso” manifesta um avanço nas discussões sobre a reforma. A proposta, ao afirmar que o Conselho deve ser mais inclusivo, busca adequar as suas operações às realidades do século XXI, promovendo uma distribuição mais justa das responsabilidades entre seus membros.

Além disso, a modernização do Conselho de Segurança também enfatiza a necessidade de aumentar a eficácia do órgão e garantir a transparência nas suas decisões. Um ponto crucial destacado é a inclusão de um número maior de países, especialmente aqueles da África, Ásia-Pacífico e América Latina, que continuam sub-representados em um cenário global em rápida mudança.



Outro aspecto essencial abordado no documento refere-se ao problema do endividamento das nações mais pobres, que enfrentam grandes desafios financeiros exacerbados pela pandemia de Covid-19. A cúpula do G20 ressaltou a meta de mobilizar US$ 100 bilhões em direitos especiais de saque, um passo que pode aliviar as dificuldades de pagamento da dívida em países de baixa e média renda. Esse tipo de apoio é crucial, pois os efeitos da valorização do dólar intensificaram as dificuldades econômicas, levando muitas nações a dedicar uma parte significativa de seus orçamentos ao pagamento de dívidas, em detrimento de áreas essenciais como saúde e educação.

O G20 reafirmou seu comprometimento com a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI), que tem sido fundamental para suspender US$ 5,3 trilhões em dívidas de cerca de 40 países durante a crise da pandemia. Apesar disso, a falta de renovação dessa iniciativa após 2021 levanta preocupações sobre a continuidade de tais medidas de alívio. O documento também fez um apelo por maior transparência na dívida, incentivando a participação de credores privados nas discussões e soluções para este problema.

Durante a presidência do Brasil no G20, a pauta do endividamento, desenvolvimento e infraestrutura recebeu impulso significativo, contando com o apoio de nações africanas. Isso demonstra uma vontade política para tratar da arquitetura financeira internacional, promovendo reformas no Fundo Monetário Internacional (FMI) que ampliem a voz dos países emergentes.



Uma das conquistas destacadas foi a criação de uma cadeira dedicada à África Subsaariana no conselho do FMI, direcionando mais recursos e atenção para essa região que enfrenta grandes desempregos e crises financeiras. O G20, ao enfatizar a importância de aumentar a capacidade do Banco Mundial para apoiar países de renda média e baixa, reafirma seu compromisso em enfrentar desafios globais prementes, como as mudanças climáticas e a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Embora não se tenha logrado incluir propostas específicas para financiamento em moeda local, o comunicado final solicitou que os bancos multilaterais intensifiquem seus relatórios sobre a implementação das reformas aprovadas na cúpula. Essa abordagem vai além de um simples ajuste nas diretrizes: trata-se de um esforço coletivo para garantir que as economias globais sejam mais resilientes e equitativas. Assim, as reformas no Conselho de Segurança da ONU emergem como uma parte fundamental de um projeto mais amplo para reequilibrar as relações internacionais e fortalecer a governança global, promovendo paz e desenvolvimento sustentável para todos.

Fonte:


https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2024-11/paises-do-g20-se-comprometem-reformar-conselho-de-seguranca-da-onu.
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