Impostos
Imposto sobre Herança Aumenta Impressivamente em 2024: Arrecadação e Mudanças nas Regras
Imposto sobre Herança Aumenta Impressivamente em 2024: Arrecadação e Mudanças nas Regras

Em 2024, a arrecadação do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD) apresentou um crescimento notável de 13% acima da inflação, se destacando em um cenário repleto de debates sobre possíveis mudanças nas regras desse tributo. Este aumento de arrecadação foi quase o dobro do crescimento observado em outros impostos e taxas estaduais durante o mesmo período, evidenciando a relevância do ITCMD nas finanças públicas.
Sete Estados brasileiros, entre eles Pernambuco e Rio Grande do Norte, revelaram um desempenho que superou a média nacional, com crescimentos próximos a 45%. Em contraposição, Estados como São Paulo, Alagoas e Amazonas apresentaram um crescimento em torno de 33%, indicando uma tendência positiva na arrecadação desse imposto em várias regiões do Brasil.
No Espírito Santo, o ITCMD teve um aumento expressivo de 27%, enquanto o Distrito Federal também registrou um crescimento de 18%. Apesar de o imposto representar apenas 2% da arrecadação total dos estados, sua importância vem crescendo, especialmente após a introdução das alíquotas progressivas na reforma tributária de 2023. Essas alíquotas variam conforme a faixa de renda do contribuinte, o que pode trazer justice e equidade ao sistema tributário.

Um fator que contribuiu para esse acréscimo na arrecadação é a implementação de medidas estratégicas pelos governos estaduais. Por exemplo, em Pernambuco, houve uma redução temporária das alíquotas de doações, além de um desconto significativo para pagamentos à vista, resultando em um aumento substancial na arrecadação desse tributo. No Espírito Santo, as discussões acerca das alíquotas progressivas estimularam o planejamento sucessório, encorajando os cidadãos a se prepararem para as transmissões de bens e direitos.
Em Alagoas, também se observou um aumento no volume de doações de quotas societárias, indicando que as pessoas estão mais conscientes sobre suas responsabilidades tributárias e buscando maneiras de otimizar seus patrimônios. O Amazonas, que até então mantinha uma alíquota reduzida, implementou taxas progressivas, o que teve um impacto direto sobre a arrecadação local.
No estado de São Paulo, as ações de cobrança adotadas pelo governo, juntamente com a proposta de elevar o imposto para transmissões acima de R$ 3,3 milhões, foram fundamentais para o crescimento na arrecadação. Embora mudanças significativas tenham sido aprovadas, a alíquota máxima do ITCMD permanece em 8%, e quaisquer propostas futuras ainda precisam avançar no Senado para serem implementadas.
O crescimento na arrecadação do ITCMD em 2024 reflete não apenas o aumento da consciência tributária entre os cidadãos, mas também a eficácia das políticas implementadas pelos governos estaduais. A implementação de alíquotas progressivas promete trazer equidade na arrecadação, garantindo que aqueles com maior capacidade contributiva contribuam de maneira mais justa. À medida que as discussões em torno das reformas tributárias continuam, é crucial que os Estados permaneçam atentos às necessidades de seus cidadãos, promovendo um sistema que seja ao mesmo tempo eficiente e justo.
Em conclusão, a evolução do ITCMD destaca a importância deste imposto para a arrecadação estadual e sugere uma mudança na percepção social sobre a responsabilidade tributária. À medida que mais Estados adotam políticas inovadoras e transparentes, espera-se que o ITCMD se consolide ainda mais como uma fonte crucial de receita, contribuindo para o financiamento de serviços públicos essenciais.
Por fim, a análise da arrecadação de 2024 pode servir como um indicativo para futuras políticas fiscais e como um reflexo da maturidade do sistema tributário brasileiro em face das novas realidades econômicas.