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Eventos e Tradições

Orquestra leva protesto e resistência com Shostakovitch e Rzewski em concerto

Orquestra leva protesto e resistência com Shostakovitch e Rzewski em concerto


O concerto da Jovem Orquestra Portuguesa, em 11 de janeiro de 2025, revoluciona as tradições de Ano Novo ao enfatizar resistência e protesto com obras de Shostakovitch e Rzewski.
11 janeiro 2025
O concerto da Jovem Orquestra Portuguesa, em 11 de janeiro de 2025, revoluciona as tradições de Ano Novo ao enfatizar resistência e protesto com obras de Shostakovitch e Rzewski.
11 janeiro 2025
Orquestra leva protesto e resistência com Shostakovitch e Rzewski em concerto

No dia 11 de janeiro de 2025, a Jovem Orquestra Portuguesa, sob a regência do maestro Pedro Carneiro, proporcionou um concerto diferenciado para comemorar o início do novo ano. Ao invés de apresentar o tradicional repertório de valsas e polcas que costumam marcar essa ocasião, o programa foi inovador e desafiador. Obras como a 5.ª Sinfonia de Dmitri Shostakovitch e 'Coming Together', de Frederic Rzewski, marcaram a pauta dessa apresentação, que aconteceu no renomado São Luiz Teatro Municipal em Lisboa.

A escolha dessas partituras não foi aleatória; ambas as composições tratam temas densos e pertinentes, relacionadas à luta e à resistência. Shostakovitch, em sua 5.ª Sinfonia, expressa um profundo testemunho sobre a opressão e a necessidade de resiliência em tempos adversos. A música de Rzewski, por outro lado, reforça o conceito de união frente a desafios coletivos. Esses elementos tornaram o concerto um convite à reflexão sobre questões sociais e a condição humana.

O evento, que se repetiu no Theatro Circo em Braga, foi mais do que uma simples apresentação musical; foi um manifesto artístico que buscou provocar no público uma visão crítica e reflexiva sobre a sociedade contemporânea. Ao transformar a celebração do Ano Novo em um evento que questiona e provoca, a Jovem Orquestra Portuguesa inovou e trouxe à tona uma discussão necessária sobre transformação social e política.



Neste concerto, a ideia de resistência e protesto foi uma constante na execução das obras, criando uma atmosfera carregada de emoção e significado. Assim, o público foi conduzido através de uma jornada musical que não apenas celebrava o novo ano, mas também instigava discussões sobre a realidade atual, um reflexo das angústias e esperanças de uma sociedade em mudança. O maestro Pedro Carneiro, com sua interpretação vigorosa, conduziu a orquestra de maneira magistral, fazendo com que cada nota ressoasse como um clamor por transformação.

A obra 'Coming Together' de Rzewski, por exemplo, destaca a importância da união em tempos de crise. A peça, que é um hino ao espírito comunitário, se conecta diretamente com o público, estimulando um sentimento de coletividade e resistência. A relevância dessas mensagens é especialmente significativa em um período em que muitas pessoas buscam vozes que refletem suas experiências e lutas.

Além do aspecto musical, o evento se destacou pela sua capacidade de estimular reflexões profundas. A escolha audaciosa do repertório mostrou que o ato de comemorar pode, sim, estar intimamente ligado a uma crítica social. A Jovem Orquestra Portuguesa, mesmo em meio a tradições festivas, lembrou ao público que a arte é uma ferramenta poderosa para questionar e instigar mudanças.



Por fim, o concerto na Jovem Orquestra Portuguesa propôs uma nova forma de início de ano, uma que não se resume a festas e celebrações superficiais, mas que convida à introspecção e à análise crítica do mundo ao nosso redor. A música não só encantou, mas também incentivou a audiência a se tornar mais consciente da sua condição social e política, despertando o desejo de mudança e resistência. Essa abordagem no concerto de Ano Novo promete ser um marco e um exemplo a ser seguido por outras orquestras e instituições culturais, ao mostrar que a arte pode, e deve, ser uma voz ativa nas questões de nosso tempo.

Assim, a Jovem Orquestra Portuguesa não só abriu o ano de forma inovadora, mas também deixou um legado de reflexão que certamente ressoará durante todo o ano de 2025. Espera-se que o papel da música como veículo de protesto e resistência se fortaleça, levando mais artistas e instituições a se unirem nessa causa vital.

Concluindo, o evento se mostrou uma verdadeira inspiração, reafirmando o poder da música, que é capaz de unir as pessoas em torno de ideais de transformação e esperança em um futuro melhor.

Fonte:


https://www.publico.pt/2025/01/11/culturaipsilon/noticia/shostakovitch-rzewski-concerto-comecar-ano-protesto-resistencia-2118302
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