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Religião

Massacre no Haiti: Líder de gangue ordena a morte de mais de 100 pessoas relacionadas ao vodu

Massacre no Haiti: Líder de gangue ordena a morte de mais de 100 pessoas relacionadas ao vodu


Mais de cem pessoas foram brutalmente assassinadas em Porto Príncipe, Haiti, em um massacre ordenado pelo líder de gangue Monel ‘Mikano’ Felix, ligado a crenças em vodu.
09 dezembro 2024
Mais de cem pessoas foram brutalmente assassinadas em Porto Príncipe, Haiti, em um massacre ordenado pelo líder de gangue Monel ‘Mikano’ Felix, ligado a crenças em vodu.
09 dezembro 2024
Massacre no Haiti: Líder de gangue ordena a morte de mais de 100 pessoas relacionadas ao vodu

No último fim de semana, a capital do Haiti, Porto Príncipe, foi palco de uma das mais violentas tragédias da história recente do país. As ruas ficaram manchadas de sangue após a morte de mais de cem pessoas, todas vítimas de um massacre brutal, supostamente ordenado por Monel ‘Mikano’ Felix, um temido líder de gangue. Os primeiros relatos de assassinatos surgiram na favela de Cité Soleil, uma área conhecida pelo domínio de gangues e pela intensa violência. A situação que se desenrolou ao longo da noite de sexta-feira e durante todo sábado revela os níveis extremos de brutalidade que as comunidades locais enfrentam, as quais se tornaram vulneráveis à violência sem controle.

Monel Felix agiu em resposta à crença de que seu filho, que morreu recentemente, foi vítima de vodu, uma crença religiosa amplamente praticada no Haiti. Essa tragédia pessoal desencadeou uma onda de violência direcionada não apenas aos supostos praticantes de vodu, mas a qualquer um que fosse percebido como uma ameaça. As estimativas da National Human Rights Defense Network (RNDDH) indicam que cerca de 110 mortes foram contabilizadas, com relatos de atrocidades em que diversas pessoas foram assassinadas simultaneamente dentro de suas casas. As imagens e relatos das cenas do crime são chocantes e deixam claro que a violência tornou-se uma resposta habitual às crenças e tradições culturais no país.

O diretor-executivo da RNDDH, Pierre Espérance, expressou preocupações sobre a possibilidade de que o número real de vítimas possa ser ainda maior do que o reportado oficialmente. Muitas vítimas foram mutiladas e seus corpos queimados, tornando a contabilidade precisa quase impossível. A ineficácia das forças de segurança em responder rapidamente à situação na favela de Cité Soleil exacerbou a tragédia, permitindo que o massacre ocorresse sem a intervenção das autoridades. Essa falta de resposta também reflete uma realidade mais ampla do Haiti, onde a insegurança e a presença de gangues se tornaram uma parte constante do cotidiano.



A história do vodu no Haiti é repleta de estigmas e preconceitos. Muitas vezes, os praticantes dessa religião enfrentam discriminação e violência, especialmente em contextos onde as crenças religiosas são distorcidas e usadas como justificativa para abusos. Monel Felix não é um estranha à violência; ele é responsável por massacres anteriores que visavam adeptos do vodu. Sua ascensão ao poder dentro das gangues haitianas é emblemática de uma sociedade contaminada pela luta pelo controle, onde a crença e a superstição frequentemente se entrelaçam com a brutalidade e a opressão.

A comunidade local, sob a ameaça constante das gangues, vive em um estado de desespero e medo. O terror imposto por líderes de gangue como Felix não apenas diminui a esperança de um futuro mais seguro, mas também perpetua um ciclo de violência e vingança. Organizações de direitos humanos monitoram a situação atentamente, mas a realidade é que muitas áreas do Haiti ainda são consideradas zonas de guerra, onde a lei e a ordem são quase inexistentes.

O governo haitiano, já debilitado, enfrenta dificuldades enormes na manutenção da segurança e da ordem pública. A resposta global aos massacres e à violência no Haiti também é um tópico de debate. As potências internacionais têm um papel crucial a desempenhar, não apenas em termos de assistência humanitária, mas também na busca por soluções sustentáveis que tratem as causas subjacentes da violência. Sem uma abordagem abrangente, ações como as de Felix continuarão a ocorrer, devastando mais comunidades e tornando o país ainda mais frágil.



Concluindo, a tragédia em Porto Príncipe destaca a intersecção entre religião, superstição e violência em um contexto de gangues no Haiti. A realidade de que líderes violentos podem orquestrar massacres com impunidade é alarmante e reforça a necessidade de uma resposta eficaz e duradoura. O futuro do país depende de um compromisso coletivo — tanto interno quanto externo — em enfrentar as gangues, proteger os direitos humanos e promover a paz em uma sociedade marcada pela dor e pelo sofrimento. Somente através de esforços conjuntos será possível transformar a realidade do Haiti e dar aos seus cidadãos a chance de um futuro livre de medo e violência.

Fonte:


https://revistaoeste.com/mundo/lider-de-gangue-ordena-massacre-e-mais-de-100-pessoas-sao-assassinadas-no-haiti/
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