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Movimento por Inclusão Nas Escolas Clama por Apoio Adequado para Crianças com Necessidades Especiais

Movimento por Inclusão Nas Escolas Clama por Apoio Adequado para Crianças com Necessidades Especiais


Manifestação em Lisboa pede mais apoio para escolas que atendem crianças com necessidades educativas especiais, destacando urgência por inclusão.
18 novembro 2024
Manifestação em Lisboa pede mais apoio para escolas que atendem crianças com necessidades educativas especiais, destacando urgência por inclusão.
18 novembro 2024
Movimento por Inclusão Nas Escolas Clama por Apoio Adequado para Crianças com Necessidades Especiais

Na manhã desta sexta-feira, cerca de trinta pessoas se reuniram em frente à Assembleia da República em Lisboa para reivindicar mais recursos destinados a escolas que atendem crianças e jovens com necessidades educativas especiais. O protesto foi organizado pelo Movimento por uma Inclusão Efectiva, que reúne pais e familiares de crianças com diversas deficiências, neurodivergências e surdez. Os manifestantes expressaram sua preocupação com a falta de suporte que seus filhos recebem no ambiente escolar, ressaltando a urgência de um atendimento mais abrangente e diário.

Lourenço Santos, um dos pais presentes e pai de uma criança com atraso no desenvolvimento, compartilhou sua experiência em relação ao atendimento educacional especial. Ele revelou que seu filho atualmente tem direito a apenas duas horas e quinze minutos de educação especial por semana, além de uma hora de apoio ao estudo por dia. Para ele, esses horários são claramente insuficientes, dado que crianças com necessidades especiais necessitam de atenção e suporte contínuos para se desenvolverem plenamente em suas atividades escolares.

Os participantes do movimento levantaram cartazes com mensagens impactantes, como 'Se não me deixam ser doutor, deixem-me pelo menos ser feliz', que ilustravam a luta por direitos básicos e dignidade no acesso à educação. Além disso, o Movimento por uma Inclusão Efectiva denunciou a carência de assistentes operacionais nas escolas, um fator que compromete a segurança e a funcionalidade das instituições, prejudicando o aprendizado e a convivência dos alunos.



Durante a manifestação, os organizadores ressaltaram a necessidade urgente de alterar ou revogar um decreto-lei que regulamenta a inclusão de crianças com necessidades educativas especiais. Segundo eles, essa legislação não está sendo devidamente cumprida e carece de fiscalização efetiva. Como parte do esforço para mobilizar a sociedade e o governo para essa causa, os manifestantes anunciaram a criação de uma petição que visa coletar assinaturas, que será apresentada para debate em plenário da Assembleia da República nos próximos dias.

Embora o evento tenha atraído atenção da mídia e de alguns políticos, a participação do público foi considerada abaixo das expectativas. Os organizadores expressaram descontentamento com a notável ausência de profissionais da área da educação e saúde que poderiam contribuir com suas vozes e experiências para reforçar a importância do evento. Isso levanta questionamentos sobre o engajamento da sociedade e a urgência da discussão em torno das necessidades educacionais especiais.

Os representantes do movimento foram recebidos por alguns partidos políticos, exceto o PSD, CDS-PP e BE, mas até agora não houve um comprometimento sério com as demandas apresentadas. Os pais e apoiadores do movimento esperam que esse tipo de apoio se intensifique e que a inclusão de crianças com deficiência nas escolas ganhe o devido destaque no cenário político nacional. Eles desejam que o clamor por uma educação igualitária e inclusiva não caia em ouvidos surdos.



A luta por uma educação inclusiva continua a ser um tema recorrente na sociedade portuguesa, e a manifestação em Lisboa é apenas mais um exemplo da busca por mudanças significativas que beneficiem crianças com necessidades especiais. O Movimento por uma Inclusão Efectiva visa criar um espaço de diálogo e conscientização sobre a importância de orientar políticas públicas que atendam às necessidades reais dessas crianças e suas famílias. A inclusão deve ser vista como um direito, e não como um favor ou exceção. Portanto, é essencial que mais pessoas se unam a essa causa com o objetivo de garantir um futuro em que todas as crianças, independentemente de suas dificuldades, possam ter acesso a educação de qualidade e um ambiente seguro para aprender e crescer.

Em conclusão, a manifestação em frente à Assembleia da República foi um chamado à ação para todos os cidadãos e responsáveis pela formulação de políticas. Que a voz dos pais, professores e especialistas na área da educação não seja ignorada, e que, juntos, possam construir um sistema educacional mais justo e inclusivo para todos. O caminho à frente requer coragem, determinação e, acima de tudo, uma vontade genuína de mudar o status quo em favor das crianças que mais precisam.

Fonte:


https://www.publico.pt/2024/11/16/sociedade/noticia/movimento-pede-apoio-escolas-criancas-necessidade-especiais-2112178
37964 visualizações

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