Skip to main content

Meio Ambiente

Seca em Portugal Continental Cai Para 6% em Janeiro de 2025 Após Dias de Forte Chuva

Seca em Portugal Continental Cai Para 6% em Janeiro de 2025 Após Dias de Forte Chuva


Janeiro de 2025 trouxe mudanças significativas na seca em Portugal, com uma drástica redução na área afetada. O mês também foi o segundo mais chuvoso desde 2000, aliviando consideravelmente a escassez hídrica.
17 fevereiro 2025
Janeiro de 2025 trouxe mudanças significativas na seca em Portugal, com uma drástica redução na área afetada. O mês também foi o segundo mais chuvoso desde 2000, aliviando consideravelmente a escassez hídrica.
17 fevereiro 2025
Seca em Portugal Continental Cai Para 6% em Janeiro de 2025 Após Dias de Forte Chuva

Em janeiro de 2025, Portugal continental experienciou uma mudança significativa em sua situação hídrica. Com uma redução drástica da área afetada pela seca, que caiu para apenas 6,3% do território, o país agora respira aliviado. Essa mudança é ainda mais notável quando comparada ao cenário alarmante de dezembro de 2024, onde mais de 50% do território estava sob condições de seca severa. O papel das condições climáticas foi fundamental, sendo janeiro classificado como o segundo mês mais chuvoso desde 2000. Essa quantidade extraordinária de precipitação, essencial para a recuperação dos níveis hídricos, demonstrou a importância das chuvas para a revitalização dos recursos naturais.

Na análise do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as únicas regiões que ainda se encontram em seca fraca são o litoral do Alentejo e o barlavento algarvio. Esse índice meteorológico de seca (PDSI) é crucial para monitorar a saúde hídrica do país. Enquanto o restante do território apresenta classes de precipitação que variam entre normal e fraca, a boa notícia é que essa situação frágil é um sinal positivo de recuperação. O aumento das chuvas proporcionou um alívio significativo em diversas localidades, especialmente aquelas que enfrentavam sérios problemas de abastecimento nos meses anteriores.

Apesar das chuvas intensificadas, o boletim climatológico do IPMA ressalta que janeiro também foi um mês relativamente quente. Esse fenômeno é interessante, pois, embora a precipitação tenha sido acima do normal, as temperaturas mantiveram-se elevadas, estabelecendo janeiro como o sexto mais quente desde 1931. A média de temperatura máxima também foi a terceira mais alta no mesmo período, o que mostra a complexidade das condições climáticas atuais. Com um total de precipitação de 190,3 milímetros, as estações meteorológicas registraram chuvas duas a três vezes superiores ao valor médio mensal, particularmente durante episódios críticos, entre os dias 5 a 8 e de 19 a 29. Esses eventos climáticos são fundamentais para entender a dinâmica das secas e inundações em Portugal, assim como para planejar o uso sustentável dos recursos hídricos no futuro.


A relação entre clima, agricultura e abastecimento de água não pode ser subestimada. Em meses anteriores, a situação de seca havia afetado severamente a produção agrícola e a disponibilidade de água potável. Contudo, com a redução da seca em janeiro, espera-se que as colheitas se recuperem e os agricultores possam voltar a cultivar suas lavouras sem as limitações impostas por longos períodos de estiagem. É um alívio para muitos que dependem da agricultura como meio de subsistência. Além disso, a recuperação dos níveis de água nas barragens e aquíferos é fundamental para garantir o abastecimento a longo prazo, especialmente em áreas mais vulneráveis à escassez hídrica.

Outro aspecto a ser destacado é o impacto das condições climáticas sobre os ecossistemas locais. A biodiversidade depende diretamente das condições atmosféricas e da disponibilidade de água. Com a recuperação dos lençóis freáticos e a melhora nas condições de umidade, os habitats naturais têm a oportunidade de se regenerar, beneficiando tanto a fauna quanto a flora. A observação da fauna em áreas afetadas por secas severas também mostra sinais positivos de recuperação, com o aumento da presença de diversas espécies que são indicadores de um ecossistema saudável.

No entanto, é importante permanecer vigilante. A ocorrência de extremos climáticos, como sequências de chuvas intensas seguidas de secas, pode criar um ciclo prejudicial. Portanto, as autoridades devem trabalhar em estratégias que garantam uma gestão hídica eficaz, promovendo o uso sustentável da água e a adaptação às mudanças climáticas. O impulso para a pesquisa em tecnologias de irrigação e uso de água de forma eficiente está mais do que nunca em pauta. Essa abordagem não apenas ajudará a garantir a segurança hídrica, mas também contribuirá para a resiliência dos agricultores e da população em geral.



Em resumo, a situação de seca em Portugal apresentou melhorias significativas em janeiro de 2025, mas a necessidade de um monitoramento constante das condições climáticas e a implementação de políticas de gestão de água são essenciais. À medida que o país avança na recuperação dos seus recursos hídricos, a colaboração entre instituições governamentais, agricultores e a sociedade civil se torna cada vez mais crucial. A experiência de lidar com a seca e a subsequentesequência de chuvas intensas ensina lições valiosas sobre a complexidade do clima e a importância de estar preparado para as adversidades que a natureza pode trazer. A manutenção da saúde hídrica de Portugal será um desafio contínuo, mas com planejamento adequado e ações concretas, o país poderá enfrentar o futuro com um novo otimismo e determinação. A diversidade climática é uma riqueza que deve ser respeitada e protegida, e cada um de nós tem um papel a desempenhar nesse importante processo de adaptação.

Fonte:


https://www.publico.pt/2025/02/17/azul/noticia/situacao-seca-diminuiu-6-janeiro-portugal-continental-2122790
31708 visualizações

Gostou? Vote nesse artigo.

Faça o seu cadastro GRÁTIS
e tenha acesso a todo o conteúdo exclusivo.

Faça o seu cadastro GRÁTIS

e tenha acesso a todo o conteúdo exclusivo

Mais do autor