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Meio Ambiente

Derrame de combustível no Tejo provoca contaminação, mas monitoramento é fundamental

Derrame de combustível no Tejo provoca contaminação, mas monitoramento é fundamental


O recente derrame de combustível no rio Tejo gerou preocupações sobre a saúde dos organismos aquáticos. A espécie mais afetada são os bivalves, que podem contaminar a cadeia alimentar. A interdição das praias de Oeiras é uma medida preventiva crucial para proteger a saúde pública.
09 de abril de 2025
O recente derrame de combustível no rio Tejo gerou preocupações sobre a saúde dos organismos aquáticos. A espécie mais afetada são os bivalves, que podem contaminar a cadeia alimentar. A interdição das praias de Oeiras é uma medida preventiva crucial para proteger a saúde pública.
09 de abril de 2025
Derrame de combustível no Tejo provoca contaminação, mas monitoramento é fundamental

No último dia 8 de abril, o rio Tejo enfrentou um grave episódio de poluição devido ao derrame de 400 litros de combustível marítimo. Esse incidente, que preocupou especialistas e a população local, levanta sérias questões sobre a saúde do ecossistema aquático da região. A poluição pode ter efeitos devastadores, especialmente sobre os bivalves, organismos essenciais para a cadeia alimentar e a qualidade da água. Desde já, as autoridades tomaram medidas preventivas, como a interdição das praias de Torre, Santo Amaro e Paço de Arcos, para proteger a saúde pública e evitar a exposição ao poluente.

A especialista Marta Martins, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, alerta que, apesar de o combustível marítimo ser relativamente mais fácil de remover, a situação é alarmante e decide-se pela pronta monitorização da qualidade da água. A contaminação de organismos aquáticos é uma preocupação crescente, visto que os hidrocarbonetos podem se acumular nos tecidos dos bivalves. Se esses organismos forem consumidos por humanos, podem causar efeitos nocivos à saúde.

A autarquia já está realizando esforços para garantir que as praias permaneçam seguras e livres de contaminantes. É importante lembrar que o tempo de interdição pode variar. Medidas eficazes de contenção e a degradação natural dos poluentes são fatores que podem influenciar no tempo de retorno à normalidade. Portanto, a realidade é que a saúde dos bivalves e demais organismos aquáticos deve ser acompanhada de perto, a fim de evitar riscos à saúde humana e para a biodiversidade do rio Tejo.



Além das ações imediatas, a reflexão sobre a situação do rio Tejo e o impacto da poluição em seus ecossistemas é fundamental. A erosão da qualidade da água não só afeta a fauna aquática, mas também possui repercussões para a economia local, que depende da pesca e do turismo. O comportamento dos poluentes, como os hidrocarbonetos, varia conforme as condições ambientais, o que pode dificultar a avaliação rápida e precisa dos danos. O derrame de crude, conforme apontam os especialistas, é particularmente preocupante devido à sua dificuldade de remoção, e os efeitos persistentes que pode trazer para a saúde do ecossistema.

Além da interdição das praias, esse evento destaca a importância de uma maior conscientização sobre a proteção do meio ambiente. A prevenção da poluição nos rios deve ser uma prioridade para as administrações públicas, que devem adotar legislações mais rigorosas para evitar que incidentes como esse ocorram no futuro. A colaboração entre as entidades governamentais, ONGs e a comunidade é crucial para a preservação da fauna e flora locais.

As futuras gerações dependem da saúde dos nossos ecossistemas. Portanto, iniciativas educativas e campanhas de conscientização podem ajudar a sensibilizar a população sobre a importância de manter nossos rios limpos. As técnicas de monitoramento da qualidade da água, como a análise de amostras e o uso de tecnologia avançada, também devem ser amplamente divulgadas e implementadas para evitar novos episódios de poluição e restaurar a confiança da população no uso dos recursos naturais.



Em conclusão, o derrame de combustível no rio Tejo representa um alerta significativo para as consequências da poluição no meio ambiente e a saúde da população. O impacto sobre organismos aquáticos, em especial os bivalves, reflete a fragilidade dos ecossistemas, que já enfrentam ameaças provenientes de mudanças climáticas e atividades humanas. Medidas imediatas de contenção e monitoramento são indispensáveis, mas a longo prazo, deve-se estruturar uma política consistente de proteção e recuperação dos rios. A união de esforços no combate à poluição e a adoção de práticas sustentáveis são caminhos essenciais para garantir a preservação dos recursos hídricos e a promoção da saúde pública.

A proteção do rio Tejo e de seus organismos aquáticos é uma responsabilidade compartilhada que exige o engajamento de toda a sociedade. Assim, é possível criar um futuro mais sustentável e garantir que os nossos rios continuem a ser fontes de vida e riqueza para as comunidades que deles dependem.

Por fim, a continuidade das interdições nas praias, a rigorosa vigilância da qualidade da água e as campanhas educativas são passos que todo cidadão pode apoiar, contribuindo para um ambiente mais saudável e seguro para todos.

Fonte:


https://www.publico.pt/2025/04/08/azul/noticia/derrame-combustivel-tejo-facil-remover-contaminar-organismos-aquaticos-2128927