Meio Ambiente
Crescimento alarmante da degradação florestal de 497% na Amazônia em 2024
Crescimento alarmante da degradação florestal de 497% na Amazônia em 2024

A Amazônia Legal, conhecida por ser um dos biomas mais importantes do planeta, está enfrentando uma crise severa de degradação florestal. Em 2024, as taxas de degradação aumentaram alarmantemente em 497% em relação ao ano anterior, totalizando a devastação de aproximadamente 36,3 mil km². Esse crescimento triste é impulsionado, em grande parte, por queimadas que não apenas afetam a vegetação nativa, mas também têm consequências sérias para o clima global.
Durante o último ano, as queimadas na Amazônia atingiram um aumento de quase 80%, afetando uma área superior a 30 milhões de hectares, o que é equivalente a uma dimensão maior do que o Estado do Rio Grande do Sul. Essa devastação não apenas impacta a fauna e flora locais, mas também contribui significativamente para a emissão de gases de efeito estufa, exacerbando as mudanças climáticas em todo o mundo.
Estatísticas do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia revelam perdas médias alarmantes de mais de mil campos de futebol em árvores por dia. Isso só enfatiza a gravidade da situação, visto que esse é o pior índice desde o início do monitoramento da degradação florestal em 2019. A degradação foi mais intensa nos meses de agosto e setembro, em que o aumento superou 1.000% em comparação com o mesmo período anterior.

Ao mesmo tempo, é importante notar que o desmatamento na Amazônia apresentou uma leve queda de 7% em 2024, totalizando 3,7 mil km² de área desmatada, em comparação aos 4 mil km² em 2023. Esta redução deve ser vista com cautela, porém, pois a comparação é com números ainda alarmantes de 2022, quando a perda foi de 10,5 mil km². Essa diferença entre degradação e desmatamento é crucial; enquanto o desmatamento significa a remoção total da vegetação, a degradação indica danificações parciais, frequentemente causadas por incêndios e extração de madeira.
Essas transformações no ambiente florestal evidenciam um padrão preocupante que requer atenção imediata de órgãos ambientais e da sociedade como um todo. A degradação e o desmatamento não apenas ameaçam a biodiversidade da região, mas também comprometem os serviços ecossistêmicos fornecidos pela floresta, como a regulação do ciclo da água e a absorção de carbono.
A resposta a essa crise não pode ser apenas reativa. Com a degradação florestal em ascensão, é fundamental que se adote um controle mais rigoroso das atividades que causam danos à Amazônia. A sociedade também precisa ser incentivada a desenvolver práticas sustentáveis que visem conservar esse bioma vital, essencial para a manutenção da biodiversidade e o equilíbrio climático global.


A preservação da Amazônia é, portanto, de interesse global. A floresta não apenas desempenha um papel crítico na regulação do clima, mas também abriga milhões de espécies de plantas e animais, muitas das quais são endêmicas e estão ameaçadas. A perda contínua de vegetação nativa representa não apenas um desastre ambiental, mas também uma perda cultural, uma vez que muitos povos indígenas dependem da floresta para sua sobrevivência e cultura.
É essencial que iniciativas de preservação e reforestamento sejam implementadas e que haja uma conscientização crescente sobre a importância da Amazônia. Organizações não governamentais, governos locais e a comunidade internacional precisam trabalhar em conjunto para combater esta crise e restaurar as áreas degradadas.
Somente através de esforços coletivos e sustentáveis poderemos assegurar que a Amazônia continue a fornecer seus benefícios vitais para as gerações futuras. O controle da degradação e o incentivo a práticas que fomentem a restauração da floresta são um passo importante nesta luta contra a destruição da Amazônia, um patrimônio da humanidade.
