Investigação
TCU investiga contratação de funcionários-fantasmas na Embratur; cinco já foram demitidos
TCU investiga contratação de funcionários-fantasmas na Embratur; cinco já foram demitidos

Investigação do TCU sobre a Embratur
O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou uma investigação relevante acerca da Embratur, motivada por uma denúncia anônima que apontou a existência de 30 funcionários-fantasmas nos últimos seis meses. Essa situação, que levanta sérias preocupações sobre a gestão de recursos públicos, gerou uma resposta imediata da Embratur, que já demitiu cinco pessoas suspeitas.
Na reunião do último dia 21, o TCU avaliou as evidências apresentadas e decidiu avançar com a investigação. O ministro Jhonatan de Jesus será o responsável por relatar o andamento dessa apuração. Durante as análises preliminares, o tribunal encontrou indícios suficientes que justificam a investigação, o que evidencia a gravidade das alegações contra a Embratur.
Apesar das ações iniciais dentro da Embratur, onde alguns funcionários foram demitidos, a situação ainda gera incertezas. Servidores que foram consultados sobre a validade das alegações mostraram-se evasivos, alguns não conseguiram explicar com clareza as funções desempenhadas pelos colaboradores questionados, enquanto outros se recusaram a fornecer declarações.
Desdobramentos e Reações Internas
Ainda que a Embratur não tenha recebido uma notificação formal acerca da investigação, a autarquia já iniciou um processo de auditoria interna, voltado especialmente para o desempenho de colaboradores em regime de teletrabalho. Este movimento pode ser um tentar minimizar os danos à sua reputação e a gestão dos recursos públicos.
Além do TCU, a denúncia relacionada aos funcionários-fantasmas foi encaminhada também ao Ministério Público Federal, que, por sua vez, já iniciou uma análise preliminar da situação. É relevante notar que entre os demitidos, estão duas funcionárias que tinham vínculos diretos com o atual ministro do Turismo, Celso Sabino.
Entre os casos mais debatidos está o funcionário identificado como Marcelo Cebolão, que continua a receber um salário elevado de R$ 38,3 mil, alegando atuar involuntariamente em um papel de tesoureiro-adjunto, mesmo atuando de forma remota. Essa situação gera ainda mais polêmica, destacando a necessidade de uma investigação minuciosa.
Implicações e Conclusão
A Embratur justificou as demissões como uma resposta a um desempenho insatisfatório, e ressaltou que muitos colaboradores citados na denúncia estão em regime de teletrabalho ou cedidos ao Ministério do Turismo. Essa situação levanta questões sobre a fiscalização e o controle sobre os recursos humanos utilizados dentro da instituição.
Enquanto a investigação segue seu curso, a transparência nas ações da Embratur será fundamental para restaurar a confiança do público e assegurar a correta gestão de recursos. A presença de funcionários-fantasmas em qualquer órgão público não apenas alivia a responsabilidade, mas pode também comprometer a execução de projetos importantes que afetam a economia e o turismo no Brasil.
Por fim, a continuidade das investigações do TCU e do Ministério Público Federal poderá desenhar um novo cenário para a Embratur e para a gestão do turismo no Brasil, onde a responsabilidade pela correta aplicação dos recursos públicos deve prevalecer.