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Investigação

Espionagem na Abin: Diretores depõem à PF sobre atividades ilegais durante governo Bolsonaro

Espionagem na Abin: Diretores depõem à PF sobre atividades ilegais durante governo Bolsonaro


Luiz Fernando Corrêa e Alessandro Moretti, da Abin, depõem sobre supostos abusos de espionagem durante o governo Bolsonaro em investigação realizada pela PF.
18 abril 2025
Luiz Fernando Corrêa e Alessandro Moretti, da Abin, depõem sobre supostos abusos de espionagem durante o governo Bolsonaro em investigação realizada pela PF.
18 abril 2025
Espionagem na Abin: Diretores depõem à PF sobre atividades ilegais durante governo Bolsonaro

No dia 17 de abril de 2025, Luiz Fernando Corrêa, atual diretor-geral da Abin, e Alessandro Moretti, ex-diretor adjunto, foram ouvidos pela Polícia Federal em Brasília sobre uma investigação que apura a suspeita de espionagem ilegal durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A investigação realizada pela PF busca esclarecer acusações de que a Abin estaria envolvida em atividades de monitoramento ilícitas de autoridades brasileiras e paraguaias. Entre os fatos levantados, destaca-se a possível obtenção de dados sigilosos de autoridades do Paraguai que têm relação com o contrato de energia da usina hidrelétrica de Itaipu.

Essas ações de espionagem, segundo as apurações, aconteceram entre junho de 2022 e março de 2023, período em que alguns policiais e delegados estavam cedidos à Abin. A situação gerou preocupações sobre a regularidade das operações da agência e a ética envolvendo as práticas de inteligência durante o governo anterior.

Após tomarem conhecimento da situação, a nova direção da Abin interrompeu qualquer operação ligada à espionagem em março de 2023. Isso coincide com a nova gestão que assumiu em maio do mesmo ano, o que levanta questões sobre a responsabilidade das autoridades passadas e a necessidade de uma investigação minuciosa sobre as práticas de espionagem.

O Itamaraty, que é o ministério das Relações Exteriores do Brasil, também se manifestou sobre o tema, negando qualquer relação entre o governo atual e as denúncias de espionagem. Essa negativa busca tranquilizar as autoridades paraguaias que, após a descoberta dos fatos, exigiram explicações do Brasil sobre o envolvimento de agentes governamentais em ações de vigilância ilegal.

Essa situação trouxe à tona importantes debates sobre as operações de inteligência no Brasil e a urgência de garantir que a Abin opere de acordo com os princípios éticos e legais. Os depoimentos de Corrêa e Moretti são parte de um processo mais amplo para restaurar a credibilidade da agência e assegurar que práticas de espionagem não sejam toleradas na gestão da segurança nacional.

Por fim, a investigação realizada pela PF busca não apenas apurar as responsabilidades legais, mas também promover uma discussão mais ampla sobre o uso correto das agências de inteligência e a transparência nas operações governamentais. A confiança do público nas instituições é vital para a democracia e, portanto, a Abin deve ser responsável em suas ações, respeitando sempre o Estado de Direito.




Espionagem na Abin: Diretores depõem à PF sobre atividades ilegais durante governo Bolsonaro

A investigação atual sobre o uso indevido da Abin está em andamento em um contexto de crescente pressão internacional. O caso não apenas levanta questões sobre segurança interna, mas também sobre como o Brasil se relaciona diplomaticamente com seus vizinhos na América do Sul.

É fundamental que a autonomia e a integridade das agências de inteligência sejam mantidas, mas isso deve ser equilibrado com a necessidade de transparência e accountability. Os cidadãos têm o direito de saber como suas instituições operam e quais medidas estão sendo adotadas para evitar abusos de poder.

A atuação da Abin deve ser norteada por princípios éticos que garantam que suas operações sejam feitas dentro da lei. A confiança pública é um alicerce essencial para qualquer agência de inteligência, pois suas ações têm impactos diretos na vida de indivíduos e na soberania do país.

Com as investigações em curso, é imperativo que a Abin revise seus protocolos internos, capacite seus agentes em ética e legalidade, e estabeleça mecanismos de supervisão mais rigorosos para prevenir futuras irregularidades. Todos esses esforços são essenciais para que a agência possa operar dentro dos limites legais e em respeito à privacidade dos cidadãos.

Além disso, a necessidade de um diálogo aberto e honesto com a sociedade civil se torna cada vez mais evidente. Uma comunicação eficaz entre o governo, por meio da Abin, e a população contribuirá para um ambiente de confiança e colaboração que beneficiará a segurança nacional e a proteção de direitos individuais.

Os próximos passos da investigação serão observados de perto por diversos setores, tanto no Brasil quanto no exterior. A maneira como as autoridades brasileiras lidarem com essas questões terá implicações significativas para a reputação do país e sua posição no cenário internacional.



Em conclusão, o depoimento das autoridades da Abin evidencia um momento crucial para o futuro da agência e sua credibilidade. O que está em jogo não é apenas a apuração de responsabilidades individuais, mas a reavaliação de todo o sistema de inteligência do Brasil.

Enquanto os desdobramentos dessa investigação se desenrolam, a sociedade brasileira espera respostas e soluções que garantam que a Abin evolua como uma instituição íntegra e responsável. A transformação necessária passa pela adoção de novas práticas e pela garantia de que atos de espionagem, como os que estão sendo investigados, nunca mais se repitam.

O caminho para a transparência e a ética no setor de inteligência exige um compromisso renovado das autoridades em servir aos interesses da segurança pública, respeitando sempre os direitos fundamentais. A confiança deve ser reconquistada com ações concretas, que assegurem aos cidadãos que suas instituições estão a serviço da verdade e da justiça.

Por fim, cabe ressaltar a importância dos debates que surgem a partir deste caso. Estes diálogos não apenas esclarecerão as práticas anteriores, mas também contribuirão para que o Brasil siga avançando em direção a uma democracia mais robusta, onde os direitos de todos são protegidos e respeitados.

O futuro da Abin depende de sua capacidade de adaptação aos novos desafios que surgem e de sua habilidade em priorizar a lei e a ética em todas as suas operações. Somente assim poderá recuperar a confiança do público e assegurar uma atuação eficaz em nome da segurança nacional.

Fonte:


https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2025-04/atual-e-ex-diretor-da-abin-depoem-pf-sobre-suposta-espionagem-ilegal.
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