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Investigação

Comissão da Santa Casa de Lisboa: Inquérito Investiga 13 Anos de Gestão

Comissão da Santa Casa de Lisboa: Inquérito Investiga 13 Anos de Gestão


A Comissão Parlamentar de Inquérito à SCML volta a activação com audições para investigar a gestão dos últimos 13 anos e buscar responsabilidades.
14 janeiro 2025
A Comissão Parlamentar de Inquérito à SCML volta a activação com audições para investigar a gestão dos últimos 13 anos e buscar responsabilidades.
14 janeiro 2025
Comissão da Santa Casa de Lisboa: Inquérito Investiga 13 Anos de Gestão

A Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão estratégica e financeira da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) reinicia suas atividades nesta terça-feira, com a primeira audiência a ser realizada com o ex-vice-provedor Fernando Sousa Afonso. Essa investigação abrange um período de gestão de treze anos, o que inclui a administração do ex-provedor Pedro Santana Lopes. O objetivo da comissão é apurar as responsabilidades políticas e administrativas de decisões que impactaram a SCML, uma instituição que experimentou um crescimento significativo nos últimos anos. A comissão tem uma lista extensa, com 119 pessoas a serem ouvidas, incluindo antigos provedores, membros da administração, representantes do governo e personalidades relevantes para a SCML.

O ex-provedor Pedro Santana Lopes é um dos poucos que se manifestou por escrito às perguntas formuladas pela comissão. O inquérito ocorre em um contexto de incertezas em relação à gestão financeira da Santa Casa, que se encontra sob auditoria investigativa devido a indícios de irregularidades financeiras. As denúncias que motivaram essa ação agora alimentam a investigação, a qual inclui uma auditoria forense em andamento, revelando possíveis problemas significativos na administração dos fundos da SCML.

A nova administração da SCML, liderada por Paulo Alexandre Sousa, enfrenta o desafio de estabilizar as finanças da instituição, que já lidou com prejuízos expressivos e dificuldades operacionais acentuadas pela pandemia, além dos impactos da internacionalização dos jogos sociais. Para responder a esses desafios, um plano de reestruturação já está sendo implementado pelos novos gestores, com o intuito de mitigar os efeitos financeiros adversos e reestruturar a instituição, focando em melhorias e em uma nova abordagem na gestão dos recursos.



A reabertura dos trabalhos da Comissão de Inquérito à SCML destaca a importância de investigação detalhada sobre as decisões de gestão que moldaram o futuro dessa instituição histórica. As práticas de administração financeira são essenciais, especialmente quando consideramos que a SCML desempenha um papel significativo em várias áreas sociais e comunitárias. A gestão da saúde e da assistência social são apenas algumas das áreas que dependem da boa administração dos recursos da instituição.

À medida que a comissão avança em suas audições, o foco não deve ser apenas nos executivos passados, mas também em assegurar que as novas práticas administrativas sejam transparentes e responsáveis. O impacto da pandemia exigiu uma análise crítica das operações, levando à necessidade urgente de revisão de protocolos financeiros e estratégias de gestão. Para tanto, um acompanhamento próximo da execução do plano de reestruturação é vital.

Os novos líderes da SCML estão conscientes do legado da instituição e da responsabilidade que têm em suas mãos. A promoção de um ambiente de gestão ética e transparente é fundamental para reconquistar a confiança da sociedade, que por muitos anos viu a SCML como um bastião de ajuda e assistência social. O engajamento da nova administração com os stakeholders, incluindo a comunidade e órgãos governamentais, poderá ser um fator determinante para o sucesso das novas iniciativas.



Por fim, a situação atual da SCML representa um ponto de inflexão. A necessidade de esclarecer as práticas passadas é crítica, mas o verdadeiro desafio será a adaptação às novas demandas do futuro. A gestão das instituições sociais deve ir além do simples conforto financeiro; deve incentivar a inovação e a criação de modelos sustentáveis que garantam a longevidade das ações sociais da SCML. A reconstrução da confiança da sociedade na SCML e a promoção de um diálogo aberto sobre a gestão da instituição são passos fundamentais que devem ser adotados.

Enquanto a comissão segue com seu trabalho, será vital observar não somente as respostas dos antigos provedores e gestores, mas também buscar novas formas de conduzir operações que garantam maior integridade no futuro. A SCML poderá emergir dessa crise mais forte, contanto que aprenda com os erros do passado e se foque em um futuro mais ético e responsável.

O que se espera agora é que a investigação traga à luz os mecanismos que permitiram as falhas de gestão e, assim, promova uma reavaliação das estruturas administrativas. A SCML precisa urgentemente de um renascimento em sua abordagem à gestão, se desejam manter-se relevantes em um cenário social em constante mudança.

Fonte:


https://www.publico.pt/2025/01/14/sociedade/noticia/comissao-inquerito-santa-casa-lisboa-comeca-ouvir-exviceprovedor-2118680
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