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Eleições

CCJ da Câmara Analisa Projeto Para Recontagem Física de Votos em Eleições

CCJ da Câmara Analisa Projeto Para Recontagem Física de Votos em Eleições


A CCJ da Câmara discussa hoje a recontagem de votos em eleições para aumentar a transparência do sistema eleitoral brasileiro.
27 de novembro de 2024
A CCJ da Câmara discussa hoje a recontagem de votos em eleições para aumentar a transparência do sistema eleitoral brasileiro.
27 de novembro de 2024
CCJ da Câmara Analisa Projeto Para Recontagem Física de Votos em Eleições

A discussão sobre a recontagem física de votos em eleições no Brasil ganha contornos decisivos nesta quinta-feira, 28, durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. O Projeto de Lei 1169/2015, apresentado pelo deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO), visa estabelecer um novo parâmetro para a contagem de votos em eleições nos âmbitos federal, estadual, distrital e municipal. Essa proposta é uma resposta às crescentes demandas por maior transparência e confiabilidade no processo eleitoral brasileiro, levando em consideração a evolução tecnológica e as preocupações acerca da segurança dos dados eleitorais.

A proposta pretende alterar a Lei nº 9.504, de 1997, acrescentando a possibilidade de recontagem de votos a pedido do órgão nacional de um partido político, desde que essa solicitação seja realizada no prazo de 48 horas após a divulgação dos resultados oficiais. Essa mudança representa um avanço significativo, já que a contagem é atualmente realizada de maneira exclusivamente digital, o que levanta questões sobre a vulnerabilidade do sistema a fraudes e erros. A recontagem proposta incluirá métodos físicos, além de digitais, garantindo uma maior acuracidade e segurança no processo eleitoral.

O relator do projeto, deputado José Medeiros (PL-MT), reconhece a relevância do debate e ressalta a necessidade de incluir especialistas e autoridades no assunto. O convite à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, e outros profissionais reconhecidos na área, como o desembargador federal William Douglas e o ex-chefe de TI do TSE, Giuseppe Gianninno, destaca a seriedade com que a CCJ está tratando o tema. A presença desses especialistas visa esclarecer pontos relevantes da proposta, além de identificar as potencialidades e os desafios que a implementação da recontagem pode trazer para o Brasil.



Durante a sessão, os convidados debaterão não apenas as implicações práticas da recontagem física, mas também aspectos relacionados à segurança das informações e à integridade do sistema eleitoral. A participação de membros da Justiça e especialistas em segurança de dados é crucial, já que a confiança nas eleições é um pilar fundamental da democracia. É necessário que haja um sistema robusto que proteja a integridade do voto e que supere quaisquer objeções que possam surgir em relação à implementação de novas práticas.

Os defensores da recontagem argumentam que é um passo importante para aumentar a credibilidade das eleições brasileiras, uma vez que muitas pessoas manifestam desconfiança sobre a precisão dos resultados. Com a maior transparência, espera-se que a população recupere a confiança nos processos eleitorais. Além disso, a recontagem não só atende aos anseios da sociedade, mas também se alinha com práticas adotadas em outros países onde a contagem manual é uma realidade, garantindo resultados que são amplamente aceitos pela população.

No entanto, a proposta não é isenta de controvérsias. Críticos levantam questões sobre a viabilidade e o custo do processo de recontagem, bem como a necessidade de encontrar um equilíbrio entre a agilidade na apuração dos votos e a segurança necessária para um julgamento justo. A CCJ terá o papel de mediar essas discussões e buscar um consenso que assegure a confiança nas eleições, sem comprometer a eficiência do processo.



A mudança proposta também exige uma revisão das estruturas logísticas e administrativas dos partidos políticos, que precisarão estar preparados para executar a recontagem em tempo hábil. Além disso, o projeto pode demandar investimentos na infraestrutura tecnológica para garantir que tanto as contagens físicas quanto as digitais sejam realizadas de forma simultânea e segura. Com a tecnologia avançando constantemente, é essencial que o Brasil acompanhe essas mudanças para fortalecer sua democracia e a confiança dos cidadãos no sistema eleitoral.

Ao final das discussões, a CCJ poderá definir recomendações para encaminhar o projeto ao plenário. O futuro da recontagem física de votos no Brasil está nas mãos dos deputados que compõem a CCJ e, mais importante, nas mãos de toda a população, que aguarda ansiosamente por um processo eleitoral mais transparente e confiável. Independentemente do resultado desta discussão, o tema ficará na pauta do dia, trazendo novos debates e reflexões sobre a integridade do sistema eleitoral brasileiro.

A CCJ, ao abrir espaço para esse debate, demonstra um compromisso com a evolução da legislação eleitoral, reconhecendo os desafios atuais e buscando soluções que possam atender aos anseios da sociedade. O cenário é complexo, mas a transparência e a confiança são direitos inegociáveis de todos os cidadãos.

Fonte:


https://revistaoeste.com/politica/ccj-da-camara-discute-projeto-que-preve-recontagem-fisica-de-votos/
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