O estado de abandono das antigas instalações do Regimento de Lanceiros N.º 2

A Associação Veteranos Lanceiros de Portugal recentemente divulgou um comunicado que retrata a alarmante situação das antigas instalações do Regimento de Lanceiros N.º 2, localizadas na Calçada da Ajuda, em Lisboa. Segundo o documento, o espaço deveria ter se transformado em um "campus da Defesa" após promessas feitas em anos anteriores, mas a realidade é bem diferente. As instalações vêm apresentando um nível de degradação preocupante, levando à indignação entre os veteranos da unidade.

Desde que os lanceiros deixaram o local em 2015, nenhuma ação efetiva foi realizada para preservar essas instalações históricas. Edifícios que um dia foram símbolos de bravura e orgulho, agora se encontram deteriorados. As paradas e cavalariças que outrora serviram como locais de treinamento e cerimônias, agora estão à mercê do abandono. Os veteranos alertam que a natureza tem reclamado seu espaço, com a vegetação invadindo o local, danificando até mesmo o brasão da unidade, um símbolo de sua rica história.

Relatos de roubo de azulejos e vandalismo têm se multiplicado, intensificando a preocupação dos veteranos com a segurança do patrimônio. O presidente da associação, Fernando Rego, expressou a insatisfação geral com essa situação e discorreu sobre a falta de manutenção e segurança do local. Para ele, a degradação física do espaço é um reflexo do desrespeito pelo legado histórico de quase 200 anos da unidade, que tem muito a oferecer à memória militar de Portugal.

O clamor por intervenções urgentes

A crescente preocupação com o estado das instalações do Regimento de Lanceiros N.º 2 motiva um clamor por intervenções urgentes. Os veteranos reclamam que a falta de ações concretas por parte das autoridades tem comprometido não só a preservação da história, mas também a identidade e o orgulho de todos aqueles que serviram nesta respeitada unidade militar. Eles pedem que o Ministério da Defesa Nacional tome uma atitude imediata para reparar e restaurar as instalações.

Recentemente, o Ministério da Defesa anunciou que irá avaliar as condições do espaço nas próximas semanas. Contudo, veteranos expressam ceticismo quanto ao real impacto dessa avaliação, uma vez que, desde que deixaram o local, nenhuma ação significativa foi implementada. A necessidade de uma intervenção eficaz se torna cada vez mais premente, dado que o tempo é um inimigo na luta pela preservação da memória e do legado dos lanceiros.

Os antigos membros da unidade enfatizam que a degradação não é apenas física, mas também simbólica. Cada edifício em deterioração representa histórias de bravura, sacrifício e dedicação ao País. Para os veteranos, a intervenção não deve ser vista como uma mera reparação de estruturas, mas sim como um respeito à rica tradição da cavalaria portuguesa, que merece ser reconhecida e valorizada.

A necessidade de respeito pelo legado

Os apelos por uma revitalização das antigas instalações do Regimento de Lanceiros N.º 2 ecoam as preocupações de uma comunidade que não deseja ver seu passado desvanecer-se. O abandono em que se encontram as instalações não é apenas uma questão estética, mas reflete uma falta de visão sobre o potencial que esse espaço poderia ter como um centro de ensino e memória para as novas gerações.

O patrimônio dos lanceiros serve como um elo entre o passado e o presente, e deve ser preservado para as futuras gerações. A valorização desse legado histórico é fundamental para reconhecer o papel que os lanceiros desempenharam na história militar de Portugal. Assim, os veteranos de hoje lutam para garantir que as lições e experiências de seus predecessores não sejam esquecidas, mas sim celebradas e respeitadas.

Concluindo, a situação das antigas instalações do Regimento de Lanceiros N.º 2 é alarmante e exige ação imediata. Os veteranos, que dedicaram suas vidas ao serviço do país, merecem ver seu legado preservado e respeitado. A preservação desse espaço é uma questão de dignidade histórica, que reforça a identidade militar portuguesa e permite que o valor dos lanceiros seja reconhecido por todos.

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