Defesa e Segurança
Rússia lança maior ataque com drones na Ucrânia e compromete a rede elétrica
Rússia lança maior ataque com drones na Ucrânia e compromete a rede elétrica

O Crescimento da Tensão entre Rússia e Ucrânia
Recentemente, a Rússia intensificou suas operações militares na Ucrânia, marcando um aumento significativo nas hostilidades. No dia 26 de novembro de 2024, as forças lideradas por Vladimir Putin lançaram o maior ataque aéreo com drones desde o início do conflito, em 2022. O ataque envolveu o envio de 188 drones, mostrando a escalada da ameaça russa sobre o território ucraniano e a capacidade crescente das forças armadas de Moscou.
Este ataque aéreo foi particularmente devastador, com Kiev relatando que 76 drones foram abatidos por suas defesas. Contudo, 96 drones conseguiram avançar sem serem detectados, o que levanta sérias preocupações sobre a eficácia das defesas aéreas ucranianas diante das novas táticas utilizadas pela Rússia. Além disso, cinco drones desviaram seu curso e atingiram a aliada Belarus, indicando uma estratégia abrangente de ataque que se estende além das fronteiras da Ucrânia.
As forças russas concentraram seus esforços na região ocidental de Ternopil, onde 70% do território ficou sem energia elétrica. A situação se agrava à medida que o inverno se aproxima, colocando a população em risco de frio severo. Este ataque não é isolado, representando uma continuidade de ofensivas anteriores, como a de novembro, que envolveu 145 drones, e a de setembro, onde 158 drones foram utilizados contra alvos na Rússia.

A Estratégia Militar da Rússia
A campanha militar da Rússia tem sido caracterizada pelo uso de drones de baixo custo, com a intenção de desgastar as defesas ucranianas, ao passo que mísseis mais caros, como o Iskander-M, são reservados para alvos de maior importância. Em total, foram disparados quatro mísseis balísticos Iskander-M durante este ataque, todos alcançando seus alvos, refletindo a precisão das forças armadas da Rússia.
Além do ataque com drones e mísseis, a Rússia também busca desestabilizar a infraestrutura elétrica da Ucrânia. Essa manobra é especialmente crítica e estratégica, já que pode comprometer o aquecimento da população durante os meses rigorosos do inverno. A utilização do novo míssil de alcance intermediário, Orechnik, que foi recentemente introduzido, também indica uma evolução das capacidades militares russas, aumentando a preocupação em Kiev e entre os aliados da Otan.
As justificativas apresentadas pela Rússia para tais ataques são sempre relacionadas ao alegado aumento do poder letal da Ucrânia, que, com o apoio de Estados Unidos e aliados, tem utilizado armas com maior alcance contra alvos russos. Essa narrativa é usada para reforçar a posição russa no contexto internacional e justificar ações agressivas.

Desdobramentos e Reações Internacionais
No campo de batalha, as tropas russas avançaram, capturando a pequena cidade de Kopiank, na região de Kharkiv. Esta vitória simbólica representa a primeira conquista significativa em meses e sugere que os esforços russos não são meramente táticos, mas parte de uma estratégia de longo prazo. Enquanto isso, a Otan se reúne em Montreal para discutir um aumento na ajuda militar à Ucrânia, com possíveis novos armamentos sendo considerados, incluídos os mísseis de cruzeiro Tomahawk.
Esse aumento nas tensões não apenas afeta a Ucrânia, mas também todo o cenário de segurança europeu. As reuniões da Otan são um reflexo da crescente preocupação com a escalada militar russa e suas implicações para a segurança regional. Com o inverno se aproximando, e o aumento da violência, a situação permanece crítica e instável.
À medida que os conflitos se intensificam, a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, considerando as possibilidades de um conflito prolongado. O futuro das relações entre Rússia e Ucrânia permanece incerto, e a necessidade de um diálogo construtivo é mais urgente do que nunca.