No último domingo, 2 de março de 2025, as autoridades dos Estados Unidos realizaram a prisão de Mohammad Sharifullah, conhecido como Jafar, um membro ativo do grupo terrorista Estado Islâmico Khorasan (Isis-K). Esta operação resultou de investigações minuciosas realizadas pelo FBI, que revelou a ampla rede de apoio logístico de Sharifullah para atentados no Afeganistão e na Rússia, que culminaram em dezenas de mortes. A denúncia foi tornada pública em 5 de março e detalha o envolvimento de Sharifullah em pelo menos três ataques terroristas significativos, tornando evidente a gravidade de suas ações.

O percurso de Sharifullah dentro do Isis-K começou em 2016, quando ele foi recrutado para participar de atividades terroristas. Desde então, desempenhou papéis cruciais em uma série de ataques de impacto no Afeganistão. Um dos mais notórios foi o atentado em Cabul, que resultou na morte de vários guardas canadenses. Sua participação não se limitou apenas ao planejamento, mas também incluiu suporte logístico durante os ataques, como reconhecimento de rotas e comunicações sobre a segurança necessária para a execução das ações violentas.

Entre os episódios mais sombrios em que esteve envolvido está o ataque ao portão Abbey do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, em agosto de 2021. Esse ataque resultou em um trágico saldo de 13 militares dos EUA e cerca de 160 civis que perderam a vida. O FBI identificou que havia “causa provável” para acreditar que Sharifullah conspirou para fornecer recursos a uma organização terrorista designada, culminando em mortes. Caso seja encontrado culpado, ele poderá enfrentar uma condenação de prisão perpétua. O Isis-K, ativo principalmente no Afeganistão e Paquistão, é reconhecido pelos EUA como uma organização terrorista já há nove anos.

O impacto das ações de Sharifullah se estende além das fronteiras afegãs. Em um ataque mais recente, em março de 2024, ele contribuiu para um atentado em Moscou, que resultou em cerca de 130 mortos. Nesse episódio, ele foi responsável por enviar materiais de treinamento com armas para os perpetradores do ataque, indicando sua capacidade e disposição em colaborar com ações terroristas de grande escala. Essa rede de apoio logístico que ele integrou não só facilita a execução de atentados, mas também representa um sério desafio à segurança internacional.

A prisão de Sharifullah é um capítulo importante na luta contínua contra o terrorismo. As autoridades estão cada vez mais determinadas a desmantelar as operações de grupos como o Isis-K e a impedir que indivíduos como Sharifullah perpetrarão mais violência. A colaboração entre agências de segurança e a troca de informações entre países são essenciais para enfrentar este fenômeno global e reduzir o número de vítimas.

Estudos sobre o Isis-K mostram que o grupo tem se tornado mais ativo e ousado em suas operações. Com a instabilidade política no Afeganistão, surgem preocupações sobre a capacidade desses grupos de expandir suas atividades internacionais. A prisão de figuras chave, como Sharifullah, é um passo significativo, mas as autoridades sabem que há ainda muito a fazer para erradicar estas organizações e suas ideologias destrutivas.

Enquanto o mundo assiste à luta contra o terrorismo se intensificar, a história de Mohammad Sharifullah destaca a complexidade desse desafio. Cada prisão, cada operação bem-sucedida é um lembrete de que o trabalho de prevenção e resposta ao terrorismo é contínuo e multifacetado. Com a vigilância constante e a atuação proativa das forças de segurança, espera-se que indivíduos com laureadas experiências de terror sejam neutralizados antes que possam causar mais danos.

Ao final, o caso de Sharifullah é uma chamada à ação para todos os países se unirem contra o terrorismo. É necessário que haja uma abordagem colaborativa e abrangente, englobando desde a segurança militar até a resolução de conflitos e o tratamento das causas sociais que alimentam a radicalização. A expectativa é que prisões como esta não sejam meros eventos isolados, mas sim partes de uma estratégia mais ampla e eficaz no combate ao terrorismo global.

As instituições internacionais, os governos e as comunidades devem trabalhar em conjunto para combater o extremismo e criar um ambiente onde o terrorismo não tenha espaço para prosperar. O futuro da segurança global depende da nossa capacidade coletiva de enfrentar essa ameaça de maneira eficaz e sustentável.

Fonte: