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Só 18% dos Portugueses Consideram os EUA de Trump Como Aliados, Revela Sondagem

Só 18% dos Portugueses Consideram os EUA de Trump Como Aliados, Revela Sondagem


O retorno de Donald Trump ao poder nos EUA provoca questionamentos nas relações com a Europa. Estudo revela crítica generalizada à liderança americana e futuro da parceria transatlântica.
12 de fevereiro de 2025
O retorno de Donald Trump ao poder nos EUA provoca questionamentos nas relações com a Europa. Estudo revela crítica generalizada à liderança americana e futuro da parceria transatlântica.
12 de fevereiro de 2025
Só 18% dos Portugueses Consideram os EUA de Trump Como Aliados, Revela Sondagem

O regresso de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos tem despertado um debate intenso sobre o futuro das relações transatlânticas. Segundo uma recente pesquisa do European Council on Foreign Relations (ECFR), muitos europeus, incluindo 18% dos portugueses, veem os EUA sob a liderança de Trump mais como um desafio do que como um aliado. Essa percepção crítica das políticas externas americanas evidencia a desconfiança que permeia as atitudes dos europeus em relação à integração transatlântica.

A pesquisa revela que a opinião pública está se distanciando da ideia de que os EUA ainda são um parceiro confiável. A polarização em torno de Trump e suas decisões políticas têm fomentado um ambiente de ceticismo, especialmente quando se trata da capacidade dos Estados Unidos de liderar no cenário global. Questões como a segurança, o comércio e as mudanças climáticas são tocadas por essa nova dinâmica, o que implica que a cooperação entre as nações pode ser reavaliada sob uma nova luz.

A divisão de opiniões em relação a Trump é palpável, com uma significativa minoria ainda a apoiá-lo, enquanto a maioria se opõe à sua retórica agressiva. As instituições americanas, que antes eram vistas com respeito, estão perdendo a credibilidade em muitos países europeus. Esse fator não só afeta a imagem dos EUA, mas também gera inquietação sobre a estabilidade da influência norte-americana na Europa e, consequentemente, nas questões globais.



Neste contexto, é crucial observar como os líderes europeus estão respondendo a essa mudança de percepção. Há um movimento crescente em direção à autonomia política e à busca de formas de fortalecer as próprias capacidades dos países europeus. Tal iniciativa é especialmente relevante à medida que desafios globais, como crises econômicas e problemas ambientais, exigem uma resposta coletiva e coesa. Muitos países da Europa começam a considerar alternativas e novas parcerias em um mundo onde a liderança dos EUA parece vacilante.

A sondagem do ECFR serve como um alerta para as autoridades europeias e americanas. A forma como as políticas internacionais são articuladas influencia não apenas as relações entre os países, mas também a maneira como os cidadãos percebem essas relações. Reconhecer essa dinâmica é essencial para moldar um futuro onde a colaboração internacional se mantenha como um pilar para enfrentar os desafios globais.

Com uma abordagem mais crítica em relação ao histórico de Trump, a Europa precisa encontrar maneiras de redefinir sua própria posição no cenário internacional. Reforçar as alianças regionais e buscar novas colaborações pode ser a chave para a resiliência europeia em um mundo cada vez mais volátil e polarizado. Este foco na autossuficiência pode não somente aumentar a estabilidade interna, mas também revitalizar a imagem da Europa nos palcos mundiais.



Embora as preocupações se aprofundem, é importante lembrar que a relação transatlântica sempre teve seus altos e baixos. O fortalecimento da autoconfiança europeia pode, paradoxalmente, levar a um novo entendimento com os EUA, onde a cooperação se baseia não mais na dependência, mas no respeito mútuo e na troca de interesses. Seria um passo significativo não apenas para o fortalecimento das relações euro-americanas, mas também para o desenvolvimento de uma ordem global mais equilibrada.

Em conclusão, o futuro das relações transatlânticas sob a liderança de Donald Trump será determinado não só pela política americana, mas também pelas reações e estratégias adotadas pelos países europeus. A sondagem do ECFR reflete uma nova era de ceticismo, mas também uma oportunidade para uma reavaliação das colaborações que podem moldar o futuro do continente e suas interações com os EUA. Reconstruir a confiança e o respeito é fundamental para a manutenção de uma relação benéfica e produtiva entre estas potências.

Este cenário desafiador exige uma visão a longo prazo, onde a diplomacia e a coragem política podem levar a um resultado mais benéfico para todos. O futuro das relações transatlânticas está em jogo, mas com alianças estratégicas e uma abordagem proativa, a Europa pode redefinir seu papel no mundo.

Fonte:


https://www.publico.pt/2025/02/12/newsletter/despertador.
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