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História do Brasil

Pacto Federativo: Por que alguns estados pagam a conta e outros ficam com o troco?

Pacto Federativo: Por que alguns estados pagam a conta e outros ficam com o troco?


Por que alguns estados arrecadam bilhões e recebem migalhas, enquanto outros levam a maior fatia do bolo? Entenda o desequilíbrio no Pacto Federativo e suas consequências.

08 outubro 2024

Por que alguns estados arrecadam bilhões e recebem migalhas, enquanto outros levam a maior fatia do bolo? Entenda o desequilíbrio no Pacto Federativo e suas consequências.

08 outubro 2024

Se liga só, meu chapa! Vamos falar do famoso Pacto Federativo. O que é isso? Parece nome de filme de super-herói, né?

Mas, na verdade, é o arranjo político que o Brasil inventou pra que os estados e municípios consigam dividir a grana do país de um jeito "justo".

Só que, vamos combinar, justo, às vezes, parece palavra de série de ficção científica, porque, na prática, tem estado que só toma rasteira.

Como surgiu essa joia rara?

Lá no comecinho da história do Brasil, nossos tataravós decidiram criar um negócio chamado federalismo, que é só um jeito chique de dizer: “Cada estado vai ter uma certa autonomia pra cuidar da sua vida, mas a União (aka governo federal) manda na festa toda”.

Isso virou oficial com a Constituição de 1988, que estabeleceu que os estados e municípios poderiam fazer parte da grande pizza do Brasil, cada um com sua fatia. O problema é que a pizza começou a sair meio torta…

Isso surgiu naquela época em que a ideia era descentralizar o poder, dar mais autonomia para estados e municípios e garantir que o desenvolvimento fosse espalhado para todo canto desse Brasilzão.

E, na teoria, parecia um plano perfeito, onde cada estado cuidaria da sua parte, mas todo mundo compartilharia a riqueza. Só que, como quase tudo que envolve dinheiro, na prática a coisa não é tão simples assim.

Por que foi criado? A ideia é até boa, vai...

O Pacto Federativo foi criado com a nobre missão de dar aquela equilibrada nas contas. O governo federal pega os impostos arrecadados e distribui a grana para os estados e municípios, teoricamente, pra que ninguém fique sem grana pra pagar o básico: educação, saúde, segurança… coisas assim, sabe?

Só que, na prática, o que era pra ser um esquema bem bolado de equilíbrio, virou um campeonato desigual. Tipo campeonato de várzea com time da Série A jogando contra time que mal tem uniforme.

A ideia era bem bonita no papel: pegar uma parte do dinheiro arrecadado pelos estados mais ricos e ajudar a financiar os estados mais pobres, aqueles que historicamente têm menos recursos.

É tipo aquele amigo que leva mais grana no churrasco porque sabe que o outro tá com a conta meio apertada. Mas, ao longo do tempo, o churrasco virou outra coisa... parece que alguns levaram carne de primeira e voltaram pra casa só com o gosto de carvão.

Alguns estados pagam mais e recebem menos… e isso é justo?

Agora, senta que lá vem bronca! Tem estado que paga um caminhão de imposto, mas, na hora de receber de volta, parece que só recebe as migalhas. São Paulo, por exemplo, contribui com cerca de R$ 710 bilhões por ano para a União, mas sabe quanto volta pra lá? Cerca de R$ 43 bilhões.

É como se o maior pagador da festa só recebesse uns amendoins no fim do rolê. E, se você achou isso pouco, lembre que São Paulo é responsável por aproximadamente 40% da arrecadação de todo o país. Paga a conta, mas não vê o retorno à altura.

Rio de Janeiro também não fica muito atrás nessa história. Contribui com R$ 157 bilhões por ano, mas recebe de volta cerca de R$ 17 bilhões. E o pessoal lá que se vire com esse troco, né? Ah, e não para por aí: Minas Gerais, outro gigante, contribui com R$ 120 bilhões e recebe apenas R$ 18 bilhões de volta.

Agora, do outro lado, vamos falar dos estados que são praticamente a definição do “primo que recebe a ajuda da família”. Alagoas, por exemplo, contribui com cerca de R$ 6,4 bilhões, mas recebe aproximadamente R$ 10 bilhões de volta. Maranhão é outro exemplo clássico: o estado contribui com R$ 10 bilhões, mas recebe R$ 23 bilhões. É quase como se esses estados tivessem o "passe livre" na mesa do churrasco, sempre saindo com mais do que trouxeram.

E aí você me pergunta: “Mas e aí, isso é justo?”. Bom, depende de quem responde, né? Os estados mais ricos olham pra essa situação e falam: “Pô, tô bancando o rolê e nem tô aproveitando”. Já os estados que recebem mais argumentam que essa grana extra é essencial pra diminuir a desigualdade e garantir que eles consigam bancar o básico pros seus cidadãos. Porque, convenhamos, sem essa ajuda, o desenvolvimento por lá seria ainda mais complicado.

Isso é justo? Bem... depende de pra quem você pergunta.

Aí é que tá: o conceito de "justiça" no Pacto Federativo é tipo aquele VAR que ninguém concorda. Pra quem mora em estados mais ricos, parece sacanagem mandar grana e receber troco de pinga.

São Paulo, por exemplo, que mais contribui, vê essa balança totalmente descompensada. Quem mora lá deve se sentir como aquele cara que paga a pizza pra galera e, no fim, só sobra uma fatia fria.

Mas, pro pessoal dos estados que recebem mais, isso é questão de sobrevivência, porque sem essa redistribuição, as regiões mais pobres ficariam ainda mais pra trás.

A ideia é que o dinheiro extra seja usado pra investir em infraestrutura, saúde, educação e dar aquele empurrãozinho pra que essas regiões cresçam. Só que, muitas vezes, o que acontece é que a grana não é tão bem gerida e o desequilíbrio continua.

Então, o que fazer? Onde tá o equilíbrio?

A pergunta de um milhão de reais (ou, no caso, de bilhões) é: dá pra equilibrar esse jogo? Bom, esse é o dilema que políticos, economistas e a população discutem há anos.

Tem gente que defende uma redistribuição mais justa, onde os estados que mais contribuem também recebam uma parte maior do bolo. Já outros dizem que o foco deve continuar sendo ajudar os estados mais pobres a se desenvolverem, mas com mais transparência e eficiência nos gastos.

E aí, é claro, entra a famosa cúpula de Brasília, aquele pessoal que não quer largar o osso de jeito nenhum. Porque, meu amigo, uma parte dos recursos que deveria voltar para os estados acaba sendo abocanhada por debaixo da mesa.

Afinal, Brasília precisa manter aquele monte de regalias que os políticos tanto adoram: auxílio moradia, carro oficial, verba de gabinete, e por aí vai. No final, sobra pro povo pagar essa conta, enquanto eles se esbaldam em mordomias. A galera lá parece ter inventado a receita da pizza que nunca diminui, né?

No final das contas, o Pacto Federativo tá mais pra aquele amigo que organiza o churrasco, cobra o dinheiro de todo mundo, mas só compra carvão e linguiça de segunda.

O churrasco acontece, mas tem uma galera que sai insatisfeita. O que precisamos é de um sistema onde o churrasco seja justo pra todo mundo, sem deixar ninguém com fome ou irritado com o troco errado!

E aí, será que um dia a gente resolve isso ou vai continuar do jeito que tá, cada um brigando pela sua linguiça? Porque, pelo visto, enquanto uns levam a carne e outros saem só com a farofa, a briga não vai ter fim!

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