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Economia e Mercado

Cesta básica tem aumento em 14 capitais, com São Paulo liderando custo alto

Cesta básica tem aumento em 14 capitais, com São Paulo liderando custo alto


Em fevereiro de 2025, 14 das 17 capitais brasileiras registraram aumento na cesta básica, destacando o impacto inflacionário na vida dos cidadãos.
11 março 2025
Em fevereiro de 2025, 14 das 17 capitais brasileiras registraram aumento na cesta básica, destacando o impacto inflacionário na vida dos cidadãos.
11 março 2025
Cesta básica tem aumento em 14 capitais, com São Paulo liderando custo alto

Em fevereiro de 2025, o cenário da cesta básica no Brasil trouxe uma série de preocupações para a população. A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos revelou que 14 das 17 capitais analisadas registraram aumento nos preços da cesta básica. Apenas Goiânia, Florianópolis e Porto Alegre conseguiram apresentar uma queda modesta, de -2,3%, -0,13% e -0,12%, respectivamente. Essa situação despertou a atenção para a inflação e o impacto que ela tem no cotidiano dos brasileiros. Neste artigo, vamos explorar os números e as principais causas desse aumento.

A cesta básica, que é utilizada como um indicador das condições de vida da população, registrou elevações significativas em várias capitais. Recife liderou o ranking de altas com um impressionante aumento de 4,4%. Mascando as instabilidades econômicas, os cidadãos no dia a dia sente os efeitos dessa elevação. Outros locais como João Pessoa, Natal e Brasília também apresentaram aumentos consideráveis, de 2,5%, 2,2% e 2,1%, respectivamente. A alta generalizada nos preços tem gerado discussões sobre a necessidade de ajustar o salário mínimo em conformidade com o custo de vida.

Um dos itens que mais impactaram no aumento da cesta básica foi o café. O preço do café teve variações extremas, chegando a 6,6% em São Paulo e impressionantes 23,8% em Florianópolis. Na verdade, o preço do café em pó subiu em todas as cidades pesquisadas, provocando um efeito cascata que afeta o orçamento das famílias. Além do café, o tomate também teve aumento significativo em 15 capitais, com Recife se destacando de forma alarmante, atingindo 44,5% de aumento, seguido por Belo Horizonte, Natal e Rio de Janeiro, que também registraram altas expressivas.



A carne bovina de primeira não ficou atrás e registrou alta em 11 das capitais analisadas. Isso evidencia a dificuldade das famílias brasileiras em manter uma dieta equilibrada, uma vez que os preços das proteínas estão elevadíssimos. Em São Paulo, a cesta básica alcançou o valor recorde de R$ 860,53, a mais cara do país. O Rio de Janeiro e Florianópolis seguiram na sequência com cestas que custam R$ 814,90 e R$ 807,71, respectivamente. Essa realidade mostra como o poder aquisitivo do brasileiro está sendo severamente afetado pela inflação.

No Norte e no Nordeste, os valores mais baixos foram encontrados em Aracaju (R$ 580,45), Recife (R$ 625,33) e Salvador (R$ 628,80). Apesar de parecerem mais acessíveis, esses valores ainda não refletem a necessidade real das famílias, que enfrentam um cenário de salários baixos e aumentos constantes de preços. A situação alarma economistas e especialistas que discutem a necessidade de repensar as políticas salariais e os mecanismos de proteção ao consumidor.

A partir dessas informações, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estimou que para atender às necessidades básicas com dignidade, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 7,2 mil, o que representa 4,7 vezes o valor atual de R$ 1,5 mil. Este cálculo leva em consideração a cesta básica mais cara, reforçando a absurda discrepância entre a realidade dos salários e o custo de vida no Brasil. A discussão sobre a adequação do salário mínimo é mais urgente do que nunca.



É inegável que essa situação apresenta um desafio colossal para a população, que enfrenta dificuldades cotidianas. As famílias precisam se adaptar às novas condições, muitas vezes abrindo mão de produtos essenciais. A necessidade de uma política pública eficaz para lidar com a inflação é cada vez mais evidente. O governo e os especialistas devem trabalhar juntos para criar soluções que ajudem a população a superar essas adversidades. Isso inclui revisões salariais e ações para controlar a inflação, garantindo assim uma qualidade de vida melhor para todos.

Nos próximos meses, será fundamental observar como o cenário econômico se desenrola e se novas medidas serão adotadas para proteger os consumidores. As famílias precisam estar atentas a essas mudanças e preparados para ajustar seus orçamentos. A importância de debater e buscar soluções é uma responsabilidade coletiva, e é preciso que todos, desde governos até cidadãos, compreendam sua função nesse contexto.

Em resumo, o aumento da cesta básica em fevereiro de 2025 é um reflexo das pressões inflacionárias que o Brasil enfrenta. Com uma crescente desigualdade social e dificuldades econômicas, a situação exige urgência nas discussões sobre salário e políticas de apoio social. O futuro econômico do país depende da eficácia dessas medidas e do comprometimento de todos os setores da sociedade.

Fonte:


https://revistaoeste.com/economia/valor-da-cesta-basica-sobe-em-14-capitais-em-fevereiro/
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