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Economia e Mercado

Brasil busca acordo de política tarifária com os Estados Unidos após conversa positiva com Trump

Brasil busca acordo de política tarifária com os Estados Unidos após conversa positiva com Trump


Geraldo Alckmin expressa otimismo quanto a acordos tarifários com os EUA após reunião com Howard Lutnick, visando melhorar relações comerciais.
07 março 2025
Geraldo Alckmin expressa otimismo quanto a acordos tarifários com os EUA após reunião com Howard Lutnick, visando melhorar relações comerciais.
07 março 2025
Brasil busca acordo de política tarifária com os Estados Unidos após conversa positiva com Trump

O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, vem se mostrando otimista em relação à possibilidade de um acordo sobre política tarifária com os Estados Unidos. Recentemente, Alckmin manteve uma conversa produtiva com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, onde foram discutidas questões cruciais do comércio bilateral, incluindo as políticas tarifárias recíprocas. O diálogo aberto entre os dois países é um passo significativo para potencializar as relações comerciais, que ultrapassam os 80 bilhões de dólares em balança comercial.

Durante a conversa com Lutnick, Alckmin enfatizou a importância de continuar as reuniões bilaterais em um futuro próximo. O objetivo é encontrar alternativas que melhorem as relações comerciais e promovam um ambiente econômico mais favorável entre Brasil e EUA. O vice-presidente ressaltou que, apesar das dificuldades atuais, um entendimento positivo é possível através do diálogo aberto, mesmo diante de declarações desfavoráveis que possam vir de lideranças políticas, como as feitas recentemente pelo ex-presidente Donald Trump.

Uma das preocupações mencionadas por Alckmin foi a investigação anunciada por Trump sobre tarifas que podem atingir as importações de madeira, afetando não só o Brasil, mas diversas nações. O vice-presidente reiterou a intenção do Brasil de reforçar a complementaridade econômica, destacando que a maioria das importações brasileiras dos EUA não incide em tarifas e que as tarifas efetivas são consideravelmente baixas, ficando em 2,73%. Essa estratégia pode ser fundamental para abrir novos canais de comércio e dissipar sentimentos negativos que possam dificultar as negociações futuras.



As relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos têm um histórico complexo, mas o atual governo brasileiro demonstra um forte desejo de transformar essa realidade. Alckmin acredita que é possível utilizar as reuniões futuras para criar um novo entendimento, alavancando negociações que possam beneficiar ambos os lados. As tarifas atualmente praticadas já mostram um cenário onde o Brasil está se posicionando para expandir suas importações sem onerar excessivamente seus produtos, o que pode resultar em crescimento econômico para ambas as economias.

A diversificação das exportações brasileiras, alinhada a negociações mais justas, poderá criar um ambiente onde os produtos nacionais ganhem espaço no mercado americano. Além disso, a complementaridade entre as economias brasileira e norte-americana é evidente, já que os dois países podem se beneficiar de trocas que vão além das tarifas e envolvem parcerias estratégicas e investimentos mútuos.

O sentimento de otimismo de Alckmin é compartilhado por muitos setores econômicos que buscam fortalecer essa relação. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mencionou recentemente que um acordo com os EUA poderia abrir novas oportunidades de negócios, potencializando o mercado interno e gerando mais empregos. Contudo, é fundamental que o Brasil navegue com cautela nesse ambiente, buscando sempre ações que possam preservar seus interesses enquanto estabelece um diálogo construtivo com os Estados Unidos.



A expectativa em torno das negociações tarifárias é alta, e muitos observadores do mercado aguardam ansiosos os desdobramentos que poderão surgir das reuniões programadas. Porém, o sucesso dessas conversas dependerá da disposição de ambos os lados em encontrar um meio-termo que não apenas respeite as identidades econômicas, mas que, acima de tudo, promova um comércio mais equilibrado. Para o Brasil, é crucial que se apresente não apenas como um mercado consumidor, mas como um parceiro estratégico em uma rede de comércio global reformulada.

Se a confiança de Alckmin em um diálogo proveitoso se confirmar, espera-se que novas oportunidades de investimento surjam, beneficiando economias locais e contribuindo para um crescimento sustentável. O papel do Brasil nesse contexto internacional, frente a potências como os Estados Unidos, pode mudar significativamente, refletindo um novo viés nas relações diplomáticas e comerciais do país.

Por fim, a balança comercial entre Brasil e EUA, que atualmente apresenta um leve superávit favorável aos EUA, pode ser ajustada por meio dessas novas discussões. A capacidade do Brasil de explorar as oportunidades e adequar suas políticas fiscais e tarifárias será um fator determinante para o fortalecimento das relações futuras. Neste cenário em constante mudança, a confiança e a diplomacia serão ferramentas essenciais para o sucesso das negociações.

Fonte:


https://www.publico.pt/2025/03/07/mundo/noticia/brasil-demonstra-confianca-acordo-politica-tarifaria-estados-unidos-2125033
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