Economia e Mercado
Avaliação do mercado sobre Lula revela 88% de desaprovação, aponta pesquisa Genial/Quaest
Avaliação do mercado sobre Lula revela 88% de desaprovação, aponta pesquisa Genial/Quaest

Recentemente, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem enfrentado uma crise de confiança entre os investidores do mercado financeiro. De acordo com uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest, a desaprovação do governo alcança a impressionante marca de 88%. Apenas 4% dos entrevistados classificam a gestão de forma positiva, enquanto 8% a veem como regular. Essa pesquisa revela um leve aprimoramento em comparação a dezembro, quando a desaprovação era ainda maior, atingindo 90%.
Outro dado alarmante é a percepção sobre a política econômica adotada pelo governo, que, segundo 93% dos investidores, é considerada errada. A avaliação negativa se reflete na crença generalizada de que as medidas econômicas não estão surtindo efeito positivo. Comparado a dezembro, quando 96% dos entrevistados desaprovavam a política, houve uma leve diminuição na proporção de desaprovações, mas os números ainda são preocupantes.
Luiz Inácio Lula da Silva é visto como o principal responsável pela situação atual da economia por 92% dos participantes da pesquisa. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é mencionado como responsável apenas por 5% dos entrevistados. Essa forte desaprovação coloca uma pressão significativa sobre o governo, especialmente em um contexto econômico de desafios crescentes.
O panorama econômico se mostra sombrio para a maioria dos investidores. Um impressionante 83% acreditam que a economia tende a piorar nos próximos meses, enquanto apenas 5% mantêm uma visão otimista em relação ao futuro. A preocupação com o risco de recessão é palpável, com 58% dos investidores afirmando que temem uma contração econômica. Esses números refletem um clima de incerteza que afeta não apenas os investidores, mas também o consumidor comum.
A inflação também é uma preocupação crescente. Um alarmante 82% dos entrevistados prevêem que a inflação aumentará em 2025, especialmente em um cenário em que 2024 registrou um índice de 4,79%, superando a meta estabelecida de 4,5%. A elevação da taxa Selic, que já se encontra em 13,25% e cuja previsão é de aumentar para 14,25%, indica os esforços do Banco Central para controlar a inflação, mas muitos investidores duvidam da eficácia dessas medidas.
A pesquisa da Genial/Quaest, que foi conduzida com 106 membros de fundos de investimento entre os dias 12 e 17 de março de 2025, traz à tona questões fundamentais sobre o estado atual da gestão econômica do governo. As reivindicações por uma maior clareza nas políticas econômicas e a necessidade de um plano que promova crescimento e estabilidade são mais urgentes do que nunca.
Diante desse cenário de elevada desaprovação, o governo Lula enfrenta um desafio duplo: provar ao mercado que possui um plano viável para a economia e conseguir reverter essa percepção negativa. Para os investidores, ações concretas e uma comunicação clara sobre as medidas a serem tomadas são fundamentais para restaurar a confiança. O futuro econômico do Brasil está em jogo, e a pressão sobre o governo aumenta a cada pesquisa divulgada.
O apoio popular ao governo também pode ser impactado por essa avaliação negativa, uma vez que a opinião do mercado muitas vezes influencia as percepções gerais sobre a administração pública. Portanto, é crucial que o governo desenvolva uma estratégia que aborde não apenas as questões financeiras imediatas, mas também a necessidade de reestabelecer laços de confiança tanto no mercado quanto entre a população.
Com um olhar atento para as próximas decisões econômicas, a expectativa é que os próximos meses tragam respostas e, quem sabe, um caminho para a recuperação da confiança no ambiente de negócios brasileiro. Somente com um gerenciamento eficaz da política econômica será possível mudar esses índices alarmantes.