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Economia e Mercado

Aumento recorde no preço do aluguel em 2024: quase 3x a inflação

Aumento recorde no preço do aluguel em 2024: quase 3x a inflação


Em 2024, o aluguel residencial no Brasil subiu 13,5%, bem acima da inflação. Entenda os fatores por trás desse aumento e suas perspectivas futuras.
14 janeiro 2025
Em 2024, o aluguel residencial no Brasil subiu 13,5%, bem acima da inflação. Entenda os fatores por trás desse aumento e suas perspectivas futuras.
14 janeiro 2025
Aumento recorde no preço do aluguel em 2024: quase 3x a inflação

Em 2024, o mercado de aluguel residencial no Brasil enfrentou um aumento expressivo de 13,5%, de acordo com o Índice FipeZAP, que analisa os preços médios de locação em 36 cidades. Esse crescimento acentuado supera em quase três vezes a inflação registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 4,83%. Dessa forma, a alta real dos aluguéis é de 8,67%, quando se leva em consideração a inflação. A economista Paula Reis, do DataZAP, sugere que esse aumento seja consequência direta da recuperação da economia brasileira, que tem se evidenciado pelo desempenho positivo do mercado de trabalho. A taxa de desemprego está agora em 6,1%, o menor nível observado desde 2012, o que vem contribuindo para um aumento no poder aquisitivo da população e, consequentemente, para uma maior demanda por locações.

A expectativa para o setor de empregos é otimista, e o cenário do mercado de compra de imóveis permanece restrito, principalmente devido às altas taxas de juros, o que pode levar a ainda mais aumentos nos aluguéis em 2025. Entre as cidades analisadas, Salvador se destacou com um aumento notável de 33,07% nos preços dos aluguéis, seguido por Campo Grande com 26,55%, Porto Alegre com 26,33% e Recife com 16,17%. Por outro lado, Maceió foi a única cidade que não acompanhou essa tendência de crescimento, apresentando uma alta de apenas 3,35%.”




Aumento recorde no preço do aluguel em 2024: quase 3x a inflação

Atualmente, o preço médio dos novos contratos de aluguel nas 36 cidades monitoradas é de R$ 48,12/m². Comparado ao ano anterior, quando um apartamento de 50 metros quadrados custava, em média, R$ 2.126,50, o novo valor representa um aumento significativo, levando esse mesmo apartamento a custar agora cerca de R$ 2.406. A cidade de Barueri se destaca como a localidade com o aluguel mais alto do país, com um custo de R$ 65,41/m², totalizando cerca de R$ 3.270,50 para um apartamento de 50 m². Esses números indicam uma pressão contínua sobre o mercado de aluguel residencial, que continua a crescer em resposta à elevada demanda e ao mercado de compra restrito de imóveis.

A valorização dos imóveis e o aumento dos preços de aluguel evidenciam um cenário econômico onde a recuperação após crises anteriores parece impulsionar movimentações na locação de espaços residenciais. As regiões metropolitanas são as mais afetadas, onde a demanda por acomodações continua a subir. Além disso, a constante mudança de hábitos, impulsionada por novas dinâmicas de trabalho e o surgimento de modelos híbridos, também tem alterado o panorama do mercado de locação.



Com a inevitável tendência de alta nos aluguéis, o próximo ano promete ser desafiador para inquilinos, que se deparam com preços cada vez mais elevados. Porém, para os proprietários, essa situação pode representá uma oportunidade de retorno significativo sobre seus investimentos. Agora, para quem busca alugar um imóvel, é crucial estar atento às variações do mercado e preparar-se para as possíveis mudanças nos custos. A combinação de um cenário de emprego fortalecido, aumento do poder aquisitivo e um mercado de compra de imóveis restrito formam um ambiente que indica a continuidade dessa trajetória crescente dos preços dos aluguéis.

Com base nesse cenário, é essencial que inquilinos e proprietários de imóveis fiquem informados e busquem alternativas e estratégias que possam minimamente equilibrar as necessidades de ambos os lados nesse mercado que promete ser cada vez mais dinâmico e desafiador.

Fonte:


https://revistaoeste.com/economia/preco-do-aluguel-residencial-sobe-quase-o-triplo-da-inflacao/
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