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Economia e Mercado

Aumento nos preços de carne e ovos em outubro: um retrato da inflação alimentar

Aumento nos preços de carne e ovos em outubro: um retrato da inflação alimentar


O aumento nos preços de ovos e carnes em outubro é alarmante. O levantamento da Neogrid mostrou alta significativa de 5,6% na carne bovina e 7,7% nos ovos. Entenda o que está acontecendo com a inflação dos alimentos no Brasil.
02 dezembro 2024
O aumento nos preços de ovos e carnes em outubro é alarmante. O levantamento da Neogrid mostrou alta significativa de 5,6% na carne bovina e 7,7% nos ovos. Entenda o que está acontecendo com a inflação dos alimentos no Brasil.
02 dezembro 2024
Aumento nos preços de carne e ovos em outubro: um retrato da inflação alimentar

Em outubro, os preços de ovos e carnes registraram aumentos significativos, refletindo uma inflação que afeta diretamente o bolso do consumidor brasileiro. O levantamento da Neogrid identificou que o preço médio dos ovos subiu 7,7%, saltando de R$ 0,77 em setembro para R$ 0,83 em outubro. Esse aumento não ocorre isoladamente, pois a carne bovina também apresentou uma elevação considerável de 5,6%, passando de R$ 33,38 para R$ 35,24, enquanto a carne suína teve uma alta de 5,3%, subindo de R$ 16,61 para R$ 17,49.

As oscilações nos preços têm sido constantes, e essas flutuações estão intimamente ligadas às condições do mercado e à oferta de produtos. Em agosto, o quilo da carne bovina era cotado a R$ 31,51, um período marcado pela abundância de bovinos para abate, onde 10,33 milhões de cabeças foram abatidas de acordo com dados do IBGE. No entanto, um número elevado de fêmeas abatidas reduziu a quantidade de bezerros nascentes, limitando a oferta futura no mercado.

Além disso, fatores climáticos como a seca severa e queimadas contribuíram significativamente para a redução da produção de pasto, que é o principal alimento para bovinos. Como reação, muitos pecuaristas adotaram o confinamento, uma prática que eleva os custos de produção. Segundo Anna Fercher da Neogrid, a forte demanda externa por carne bovina também desestabilizou os preços internos, suprimindo a oferta no mercado local e, consequentemente, pressionando os custos para os consumidores.



Os aumentos em outros itens de alimentação também chamaram a atenção, como o óleo e o frango, que registraram altas de 4,7% e 3,3%, respectivamente. Apesar disso, alguns produtos mostraram comportamento oposto, como os legumes, que caíram 6,6%, e a farinha de mandioca, que teve uma diminuição de 3,7%. Outros itens como creme dental, leite em pó e leite UHT também apresentaram quedas de preços, indicando um cenário misto em termos de custos de vida.

A análise do ano até outubro evidencia que, entre todos os itens, o café se destacou como o campeão em aumento de preços, com um salto de 36%, passando de R$ 36,89 em dezembro de 2022 para R$ 50,30. A elevação do leite UHT foi de 25%, e preços de produtos como ovos (19,7%), refrigerantes (17,5%) e queijos (17%) também subiram, impactando diretamente o orçamento familiar.

Quando analisamos os dados regionais, o Sudeste apresentou as maiores elevações nos preços: carnes bovinas (8%) e suínas (5,7%) são os exemplos mais evidentes, seguidos por óleo (4,6%), ovos (3,9%) e frangos (3,6%). Entretanto, os produtos que tiveram quedas nos preços incluem legumes (7,9%), creme dental (2,8%), leite em pó (2,4%), farinha de mandioca (2,2%) e leite UHT (1,8%), criando um panorama diversificado sobre a variação de preços na região.



Este quadro de preço dos alimentos revela a complexidade da economia brasileira, onde fatores como clima, demanda e oferta têm um papel crítico. Enquanto alguns itens enfrentam elevações significativas, outros ficam fora desse ciclo de inflação, demonstrando que os consumidores devem se manter atentos às flutuações do mercado. A situação demanda atenção das autoridades e dos consumidores, destacando a necessidade de estratégias eficazes para garantir a estabilidade nos preços e a segurança alimentar no Brasil.

A variedade da dinâmica de mercado reflete a importância do acompanhamento constante das variações de preço e do impacto dos fatores externos e internos sobre a economia. Assim, consumidores e especialistas precisam compreender esses movimentos para antecipar e gerenciar as mudanças que afetam o cotidiano. As restaurações e adaptações no setor de alimentos se tornam imperativas, especialmente em tempos de mudança climática e variações de mercado, que impactam não apenas a produção, mas também a disponibilidade e preços para o consumidor final.

Em conclusão, a análise da evolução dos preços de ovos, carnes e outros produtos alimentícios revela um destino de desafios e oportunidades e necessitará da colaboração de diversos setores para amenizar os impactos sobre o consumidor, sustentando a economia e assegurando um futuro mais estável em termos de preços alimentares no Brasil.

Fonte:


https://revistaoeste.com/economia/picanha-mais-cara-preco-da-carne-e-dos-ovos-disparam-em-outubro/
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