Economia e Mercado
Aumento do ICMS para 20% encarece compras on-line em 10 estados brasileiros
Aumento do ICMS para 20% encarece compras on-line em 10 estados brasileiros

A recente aprovação do aumento do ICMS sobre produtos importados em 10 estados brasileiros está gerando preocupações entre os consumidores que realizam compras on-line. A partir de 1º de abril de 2025, a alíquota passará de 17% para 20%, o que representa um aumento significativo no custo das compras realizadas em plataformas como Shein, Shopee e AliExpress. Essa mudança na legislação tributária foi decidida pelo Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda (Comsefaz) e promete impactar o comportamento dos consumidores.
A medida visa aumentar a arrecadação tributária dos estados em um cenário onde o comércio eletrônico cresce de forma rápida e robusta. O ICMS é um imposto que incide sobre a circulação de mercadorias e a alteração na alíquota pode fazer com que muitos consumidores reconsiderem suas compras em sites internacionais. O foco parece ser equilibrar a competitividade entre os varejistas locais e internacionais.
Além do alívio nas finanças estaduais, a mudança no ICMS também deve desestimular a procura por produtos importados. Com o aumento do imposto, existe a expectativa de que os preços dos produtos importados subam, tornando os produtos vendidos por lojas nacionais mais atraentes em comparação aos internacionais. Por outro lado, isso pode forçar os consumidores a reavaliar suas opções, especialmente diante da variedade e preços dos produtos disponíveis em plataformas como a Shopee e a AliExpress.
Num momento onde o comércio eletrônico experimenta um crescimento contínuo, a alteração do ICMS vem como um desafio adicional para os consumidores. Embora a proposta seja uma forma de levar a tributos que, na teoria, beneficiariam os serviços e infraestrutura locais, existe o receio de que isso impeça que muitos brasileiros acessem produtos que não são facilmente encontrados no mercado nacional. É uma troca complexa que pode gerar uma tendência à centralização do consumo em marcas que já são estabelecidas localmente, mas também pode empurrar o consumidor para o mercado negro, onde a fiscalização e a impostos pagos não são uma realidade.
Os especialistas em tributação argumentam que a mudança no ICMS não só afeta o consumidor final, mas toda a cadeia de suprimentos. Os varejistas que dependem de produtos importados para manter seus estoques e preencher suas prateleiras poderão ter que transferir esse custo aos consumidores. Essa pressão pode levar a um aumento dos preços em diversos setores, não apenas naqueles diretamente impactados pelas compras online, mas também refletir nos preços dos produtos que eles oferecem, tendo em vista o efeito dominó que isso pode gerar.
A partir da nova alíquota em 2025, muitos consumidores estarão se perguntando como essa mudança afetará suas compras cotidianas. O aumento do ICMS pode incentivar a adesão a um comércio mais consciente, onde se prioriza a compra de produtos locais em detrimento dos importados. Porém, a insatisfação com preços elevados pode resultar em um aumento do apelo pelas importações, uma vez que mesmo com o imposto, produtos de marcas internacionais podem continuar mais baratos do que muitos similares nacionais.
Por fim, a situação é um reflexo de um cenário econômico complexo e pode ressoar entre os brasileiros de forma ainda mais intensa nos próximos meses. A espera pela data da implementação e suas consequências traz desafios não apenas para o consumidor comum, mas também para o varejo. Portanto, se prepare para um novo cenário, que pode exigir novas estratégias de consumo e adaptação às condições do mercado. Analisando a evolução e impacto dessa mudança de ICMS, todos os consumidores devem ficar atentos às suas compras e considerar a melhor forma de utilizar seus recursos financeiros.